Documentário sobre a história do Hip Hop em Dourados começa a ser filmado

DOURADOSNEWS


Na noite da última quinta-feira, dia 11 de janeiro, foram iniciadas as filmagens de um documentário que visa relembrar os momentos marcantes da evolução do Hip Hop em Dourados. Dirigido pelo DJ Danilo Castro Capilé, o filme promete revelar a trajetória da cultura Hip Hop desde os anos 1990 até os dias atuais, destacando a influência da tecnologia para a divulgação de artistas e eventos culturais.


O primeiro entrevistado foi o empresário e DJ Juninho SOM, proprietário da saudosa boate Kallwash, que operou de 1990 a 2004 na avenida Joaquim Teixeira Alves, em frente à praça Antônio João. Essa casa de shows marcou época na cidade, sendo o epicentro crucial para o fortalecimento do movimento Hip Hop em Dourados e região. Juninho, ao proporcionar oportunidades para DJs e dançarinos locais, além de trazer DJs renomados nacionalmente, deixou um legado que se estende além das pistas de dança.

Durante a entrevista, Juninho destacou a importância do Hip Hop para a cidade, não apenas como expressão cultural e fonte de entretenimento, mas também como impulsionador do comércio de moda na região. A juventude, seguindo o estilo da moda Hip Hop, movimentava o comércio local de roupas e calçados, buscando estar impecavelmente vestida para as festas.

 
Juninho compartilhou parte de seu acervo, repleto de cartazes e camisetas de eventos datados desde 1992, ressaltando a significância desses objetos como parte crucial da história cultural local e de sua própria jornada dedicada à produção de eventos.

A entrevista terminou com Juninho tocando sucessos que marcaram época nas pistas das boates que comandou na cidade.

Como diretor do documentário, Danilo Castro Capilé traz consigo mais de 20 anos de dedicação à cultura de rua, destacando-se não apenas como DJ, mas como um entusiasta incansável do movimento Hip Hop.


Ele iniciou sua jornada no Hip Hop como DJ em 1997, participando de festas com amigos e foi um dos frequentadores da Kallwash. Além de suas habilidades musicais, envolveu-se na dança "breaking" em vários grupos. Em 2002, tornou-se professor no projeto "B.Boys B.Girl - Ação Cultura e Educação". Ao longo dos anos, contribuiu para a cena cultural como professor na Aldeia Bororó e coordenador da CUFA, promovendo oficinas de discotecagem e dança e mostras de cinema em Dourados. Como DJ, marcou presença em diversos eventos, incluindo o Festival Vira Mente em 2019.

O documentário conta ainda com uma equipe técnica composta por Jean Ribeiro como filmaker e editor, Nathálya Escobar na produção executiva, Giovana Lhopi responsável pela fotografia still, e Luciano Serafim, encarregado do roteiro e assessoria.

A produção é viabilizada com o apoio financeiro da Lei Paulo Gustavo, através da Secretaria Municipal de Cultura de Dourados.

Os bastidores podem ser acompanhados na página oficial do documentário no Instagram: https://www.instagram.com/doanalogicoaodigitaldoc/



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