Estados do Sul cobram definições no Senado

Governadores se reunem com relator da proposta


Riedel e governadores do Sul durante reunião no Senado - (Foto: Divulgação)

O governador Eduardo Riedel se reuniu na terça-feira (10) que antecedeu ao feriadão da ‘semana do saco cheio’, em Brasília, com o senador Eduardo Braga, relator da reforma tributária no Senado Federal. Acompanhado pelos demais governadores do Codesul (Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul), discutiram pontos essenciais para o texto final do projeto que possa trazer benefícios e reduzir eventuais prejuízos a Mato Grosso do Sul.

“Importante reforçar que Mato Grosso do Sul já faz parte do Codesul há mais de 25 anos e temos pautas que são convergentes e importantes para os estados, que devem constar na reforma tributária. Por isso esta reunião em conjunto com o relator do projeto ”, afirmou Eduardo Riedel.

Além de Eduardo Riedel, estiverem presentes no encontro os governadores Carlos Massa Ratinho Junior (Paraná), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e Jorginho Melo (Santa Catarina).

 
A ação em conjunto dos governadores da região Sul e do Mato Grosso do Sul busca alternativas que possam reduzir eventuais perdas e prejuízos que os estados terão quando a reforma for aprovada e entrar em vigor. Todos são a favor da mudança na legislação tributária, no entanto querem que alguns compromissos e demandas regionais sejam atendidas.

Eduardo Leite, presidente do Codesul, destacou que foram reforçados ao senador Eduardo Braga cinco pontos importantes. Entre eles a preocupação de que a cobrança do CBS (Contribuição Sobre Bens e Serviços) pela União comece antes da entrada em vigor do IBS (Imposto Sobre Bens e Serviços) nos estados. “Para evitar que a União avance na base de arrecadação, fazendo com que os estados quando venham fazer a sua tributação, já tenha um exaurimento da carga tributária”.

Outros pontos citados pelos governadores foi a ampliação dos recursos que serão direcionados aos estados por meio de Fundo de Desenvolvimento Regional, assim como a forma de distribuição, além da criação de um fundo para compensação dos benefícios fiscais e outro específico para as regiões (Sudeste e Sul), que não dispõem de fundos para financiar empréstimos ao setor privado, nos moldes do FCO, o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste.

Outro tema em pauta foi a concessão de incentivos a determinados setores econômicos, como o automotivo, e que estes sejam nacionais e não regionais, contemplando assim todo País. Os governadores esperam que estes temas estejam previstos no relatório final da reforma tributária que deve ser apresentado até o final do mês no Senado.

 

Por Com Assessoria



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