Unidade Básica de Saúde (UBS) Margarida Alves é o retrato do segundo mandato do prefeito Lucas Centenaro Foroni, o Foroninho. O posto de saúde está sem água desde o ano passado, de forma que nenhum procedimento pode ser realizado no local, o bebedouro está desligado e os servidores são obrigados a levar água engarrafada para beber durante o trabalho. Essa realidade comprova que o prefeito Foroninho só conseguiu fazer um primeiro mandato midiático porque recebeu do antecessor Donato Lopes uma prefeitura organizada e com os cofres cheios de recursos.

Caso alguém precise usar o banheiro da UBS Margarida Alves, o servidor tem que se socorrer do morador mais próximo, buscando água de balde para jogar no vaso sanitário. Mais: os móveis estão todos danificados e os equipamentos sem condições de uso; a UBS não recebe limpeza por falta de água; o consultório médico não oferece condições de uso e a rede elétrica está comprometida.

A exemplo do que acontece na unidade de saúde, os demais órgãos da administração municipal passam por problemas de sucateamento, como, por exemplo, a Escola Municipal do Assentamento São Judas, que não oferece condições dignas de aprendizado para seus alunos. A situação, mais uma vez, revela que a gestão do prefeito Foroninho só anda com dinheiro em caixa e que a criatividade para superar problemas financeiros é zero.

O vereador Daverson Munhoz de Matos tem percorrido as Unidades Básicas de Saúde e a Escolas Municipal, onde constata algum tipo de problema grave em cada uma delas. “Na condição de vereador a gente leva essas denúncias para a Câmara Municipal, mas nada acontece porque o prefeito domina a maioria dos parlamentares”, lamenta Daverson.

Sem os milhões de reais deixados em caixa pelo prefeito anterior, Foroninho não consegue tirar do papel as promessas que fez para garantir a reeleição, configurando um verdadeiro estelionato eleitoral já que a sociedade esperava muito mais dele nesse segundo mandato e, aos poucos, está descobrindo que quando acabou o dinheiro público também acabou a competência administrativa que foi vendida no primeiro mandato.

Consciente que não conseguirá honrar os compromissos assumidos em 2024 e nem cumprir as promessas de campanha, o prefeito Foroninho se lançou pré-candidato a deputado federal, devendo renunciar ao mandato de prefeito em março de 2026. Com isso, a bomba-relógio na qual ele transformou a Prefeitura de Rio Brilhante, ficará no colo do vice-prefeito Dr. Leonardo, que assumirá um governo tomado por problemas de gestão, licitações sob suspeita e contratos na mira dos órgãos de controle.

Os problemas se avolumam em Rio Brilhante, com dezenas de obras paralisadas por erro da gestão Foroninho, como o Ginásio de Esportes inacabado e fechado, frotas sucateadas, prefeitura com cabides de emprego, e, para variar, a cobrança de altas taxas dos empresários locais, que estão perdendo a vontade de investir no município diante de uma gestão que arrecada muito e investe mal.