Novo procurador vai decidir sobre delação contra prefeita

O JACARé


Romão Avila Milhan Júnior na posse como procurador-geral de Justiça de MS (Foto: Divulgação)

O futuro da prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP), está nas mãos do novo procurador-geral de Justiça, Romão Avila Milhan Júnior, que foi empossado em solenidade concorrida na última sexta-feira (3). A progressista foi citada na delação premiada do ex-servidor municipal Tiago Basso da Silva, que já foi homologada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

Como tem foro privilegiada, a prefeita só pode ser investigada pelo chefe do MPE. Milhan Júnior substituiu o promotor Alexandre Magno Benites de Lacerda, que exerceu dois mandatos.

Vanda é sogra do vereador de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB), que ficou 23 dias preso. Alvo da 3ª fase da Operação Tromper, ele foi secretário municipal de Fazenda de Sidrolândia na gestão da sogra e teria usado o cargo para desviar os recursos do município.

O MPE denunciou Claudinho como líder da suposta organização criminosa e pelos crimes de corrupção passiva, peculato e fraude em licitações. Ele deixou o presídio graças a habeas corpus concedido pelo desembargador José Ale Ahmad Netto, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, que determinou o monitoramento com tornozeleira eletrônica.

A prefeita não foi investigada até o momento porque possui foro privilegiado e só pode ser investigada pelo procurador-geral de Justiça. Principal aliado de Vanda, o presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro (PP), não participou da posse de Romão Avila Milhan Júnior e foi representado pelo deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB).

Antes da mudança na lei, o chefe do MPE poderia delegar a competência para um promotor. Por isso, por exemplo, o promotor Marcos Alex Vera de Oliveira, coordenador do Gaeco, foi o responsável pela Operação Coffee Break, que levou ao afastamento do cargo de prefeito da Capital de Gilmar Olarte (sem partido).



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