Parceria entre a Delegacia da Receita Federal em Campo Grande e a Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) vai garantir o reaproveitamento de mais de 14 mil pares de calçados.

São 13.653 pares de tênis e 375 de chinelos, que já estão sendo destinados a estudantes carentes, instituições beneficentes e iniciativas sociais.

As mercadorias falsificadas foram apreendidas no estado e estavam armazenadas nos depósitos da Receita Federal, de onde seriam encaminhadas para destruição.

A parceria, no entanto, permitiu que os calçados passassem por um processo de descaracterização, com a retirada das marcas falsificadas, viabilizando sua reutilização.

Segundo relatório da Uems, o procedimento envolveu retirada de elementos visuais externos, identificação e eliminação das marcações, triagem, controle de qualidade e destinação correta dos resíduos.

O trabalho foi realizado na unidade universitária de Mundo Novo, com acompanhamento de servidores da Receita Federal da capital e vistoria do delegado-adjunto da Alfândega local, Thiago Costa Del Vechio, que validaram os resultados.

Para o delegado da Receita Federal em Campo Grande, Zumilson Custódio da Silva, a iniciativa mostra que produtos antes inutilizados podem ganhar novo destino social.

“Ficamos impressionados com o trabalho da UEMS para descaracterizar os calçados. Estão aptos para serem distribuídos a quem precisa, conforme previsto no termo de entrega”, afirmou.

Gerente da unidade da Uems em Mundo Novo, o professor Leandro Marciano Marra destaca o caráter social do trabalho de descaracterização dos calçados.

“Foi um trabalho muito bonito, sério e dedicado da nossa equipe. Com isso, vamos conseguir doar pares de tênis e chinelos a diversas entidades e alunos, alcançando os objetivos propostos na parceria com a Receita Federal”, ressalta.

De acordo com a universidade, os calçados serão distribuídos nos 79 municípios de Mato Grosso do Sul.

Como a Uems atende estudantes também de cidades vizinhas, a ação alcançará indiretamente todos os municípios do estado. O relatório destaca ainda que os procedimentos seguiram práticas de sustentabilidade e responsabilidade ambiental.