Não foi dessa vez. Depois do pedido de vistas do vereador Elias Ishy (PT) na semana passada, a sessão desta segunda-feira (31) optou por deliberar sobre o adiamento por cinco sessões. Ou seja, o projeto de lei da vereadora Isa Marcondes (Republicanos), que trata da humanização do atendimento no Serviço Público ficou só para o mês de maio.

A sessão começou no clima do 'agora vai' e a vereadora autora do projeto ainda foi para a tribuna falar que existe 'maracutaia' no sistema de atendimento público de Saúde, especialmente, o que provocou a galeria. Funcionários de várias unidades de saúde chegaram a vaiar a vereadora, o que exigiu tomada de posição firme da presidente Liandra Brambilla (PSDB), inclusive, sob a ameaça de evacuar o plenário.

 
Ao final, o vereador Inspetor Cabral (PSD), que 'comprou a briga' do servidor, desfilou entre funcionários para celebrar a decisão, apontada em pedidos formulado pelo vereador Sérgio Nogueira, representando o desejo da bancada governista. Isso sinaliza, talvez, o pensamento da administração pública, de "não meter a mão em cumbuca". 

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Depois de mais de uma hora em debates, 18 votos favoráveis adiaram o projeto por cinco sessões, com o voto contrário da autora e a ausência do vereador Daniel Junior (PP), envolvido no processo de eleição para a União de Câmaras de MS, que só participou da abertura e viajou para a capital do Estado, onde ocorre na quarta (2) a eleição para a escolha do novo presidente da entidade.

Audiência Pública

Com a garantia da presidente da Casa, Liandra Brambilla, de que será realizada audiência pública para tratar do assunto, antes da próxima votação, ouvindo-se todas as partes, a ex-vice-prefeita, gestora hospitalar hoje atuando junto à Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Dinaci Ranzi, foi contatada ainda durante a sessão e já firmou compromisso em colaborar nesse debate durante a audiência. 

Outros projetos

Também na sessão desta segunda-feira os vereadores votaram pela aprovação do projeto de autoria do vereador Laudir Munaretto (MDB) que disciplina o sistema de enfrentamento à violência doméstica em condomínios; e dois do Executivo, que trata do programa habitacional Moradia Dourados e o que cria a Patrulha 'Maria da Penha' composta por guardas municipais para prevenir e coibir casos de violência doméstica.