Polícia Federal cumpre mandados em MS contra fraudes em benefícios sociais

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Operação acontece em cinco estados; Foto: Divulgação/Polícia Federal

Deflagrada na manhã desta quarta-feira (10/7), pela PF (Polícia Federal), a operação Falso Egídio para desarticular organização criminosa especializada em fraudes a programas sociais, com atuação em Mato Grosso do Sul e mais quatro estados brasileiros.

Ao todo, 80 policiais cumprem 11 mandados de prisão temporária e 16 de buscas e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal de Niterói (RJ), nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Amazonas, Piauí e Mato Grosso do Sul.

No Estado, são cumpridas determinações de busca e apreensão e prisão em Campo Grande.

De acordo com a Polícia Federal, trata-se de uma investigação conjunta iniciada em abril de 2023 por parte da Delegacia de Polícia Federal em Niterói, da Caixa e da Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção a Fraude da referida instituição.

As apurações identificaram a organização criminosa especializada em fraudes a programas de transferência de renda, bem como apontaram um prejuízo estimado em R$ 10 milhões.

Ainda durante as investigações foi constatada a participação de um empregado e duas funcionárias terceirizadas do banco, que foram cooptados pela quadrilha em troca de propina para realizar a liberação do acesso dos criminosos ao aplicativo Caixa-Tem, que gerencia as contas digitais sociais e pelo qual são geridos os valores de benefícios sociais, entre eles o Auxílio Emergencial.

Logo após a liberação realizada pelos funcionários, os criminosos se apropriavam das contas digitais sociais de terceiros por meio do aplicativo e desviavam valores oriundos de programas de transferência de renda.

Os investigados abriram diversas contas bancárias em nome de moradores de rua, em clara situação de vulnerabilidade social, para receber vultuosas quantias oriundas das referidas contas. Em seguida, os valores eram transferidos entre os integrantes da quadrilha.

A PF apontou que uma análise das contas bancárias utilizadas pela organização criminosa levou à conclusão de que elas foram abertas em nome de terceiros que não tinham conhecimento acerca das fraudes, e eram utilizadas unicamente para abrigar o montante desviados das contas digitais sociais. Em seguida, os valores eram integralmente repassados entre os destinatários finais dos recursos.

Além do crime de integrar organização criminosa, os investigados responderão por furto qualificado, inserção de dados falsos em sistema de informações e lavagem de dinheiro.

Os mandados estão sendo cumpridos nas seguintes localidades:

No RJ:

4 buscas no Rio de Janeiro

2 buscas e 1 prisão em Belford Roxo

2 buscas e 3 prisões em Niterói

3 buscas e 3 prisões em São Gonçalo

Manaus/AM

2 buscas e 1 prisão

Teresina/PI

1 busca e 1 prisão

São Paulo/SP

1 busca e 1 prisão

Campo Grande

1 busca e 1 prisão



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