Governo reajusta em 52% auxílio-alimentação de servidores federais

AGêNCIA BRASIL


Os servidores públicos federais terão reajuste de 51,9% no auxílio-alimentação a partir do próximo mês. Com a medida, o benefício passa de R$ 658 para R$ 1 mil. 

O auxílio-saúde dos servidores, que hoje é de R$ 144,38, será reajustado para cerca de R$ 215 e o auxílio-creche passa de R$ 321 para R$ 484,90. 

Os valores foram fechados nesta quinta-feira (25) em acordo entre as entidades representativas dos servidores e o governo federal, por meio da Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (SRT/MGI). O governo também se comprometeu a implantar até julho todas as mesas específicas de carreiras que ainda não foram abertas no âmbito da Mesa Nacional de Negociação Permanente. 

De acordo com o ministério, o aumento do auxílio-alimentação resulta em ganho de renda de mais de 4,5% para mais de 200 mil servidores ativos que ganham até R$ 9 mil mensais. Os servidores com as menores remunerações e que recebem, simultaneamente, os três benefícios (alimentação, saúde e creche) terão aumento de até 23% na remuneração total.

O secretário de Relações do Trabalho do MGI, José Lopez Feijóo, destacou que, em 2023, o governo já havia concedido aumento salarial linear para todos os servidores públicos federais.

 

“ESSE ACORDO, JUNTAMENTE COM O REAJUSTE DE 9% QUE JÁ FOI CONCEDIDO NO ANO PASSADO, FAZ COM QUE SE INICIE UM PROCESSO DE RECUPERAÇÃO DOS SALÁRIOS QUE FICARAM CONGELADOS POR TANTO TEMPO”, AFIRMOU O SECRETÁRIO.
Para a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), o reajuste dos benefícios foi positivo para os servidores, mas a entidade diz que vai continuar reivindicando reajustes entre 7% e 10% nos salários ainda para este ano. 

“NO TERMO DE COMPROMISSO, NÃO TEM NADA GARANTIDO SOBRE REAJUSTE PARA 2024, MESMO AS ENTIDADES TENDO INSISTIDO NESSA TECLA. MAS NÃO VAMOS JOGAR A TOALHA, PORQUE É UMA REIVINDICAÇÃO HISTÓRICA DA CATEGORIA. ENTENDEMOS QUE A FASE DE CONGELAMENTO DE SALÁRIOS FOI NO GOVERNO ANTERIOR, ENTÃO O MOMENTO É DE CONSEGUIR RECUPERAR O PODER DE COMPRA DO FUNCIONALISMO É AGORA”, AVALIA SÉRGIO RONALDO DA SILVA, SECRETÁRIO-GERAL DA CONDSEF, EM ENTREVISTA À AGÊNCIA BRASIL.
A entidade representa 80% dos servidores do Executivo Federal, entre ativos, aposentados e pensionistas.



COMENTÁRIOS