Lula chega a MS para dar largada à nova frente de exportações de carne

O JACARé


Presidente Lula entre Riedel e executivo da JBS, hoje, em Campo Grande (Foto: Reprodução/Instagram)

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fica três horas nesta sexta-feira (12) em Campo Grande, na primeira visita a Mato Grosso do Sul após a onda bolsonarista. O petista faz ato para comorar a ampliação das exportações de carne para a China. Além de ser o maior comprador de Mato Grosso do Sul, o gigante asiático paga de 10% a 15% mais caro pelo produto, que passa a ter status de grife “boi-china”.

Na indústria da JBS, na saída para Sidrolândia, o presidente comanda ato de comemoração da habilitação de 38 novos frigoríficos para exportação de carne bovina, suína e de aves para a China. Às 13h30, o petista embarca com destino a São Paulo.

A visita é simbólica porque é a primeira de Lula no coração do agronegócio. Mato Grosso do Sul é o primeiro dos três estados do Centro-Oeste, que inclui Mato Grosso e Goiás, a receber a visita petista desde que Lula deixou a prisão em Curitiba (PR) se lançou candidato a presidência da República. Na campanha, ele não realizou atos na região.

Lula faz um afago aos ruralistas, categoria que foi parceira no primeiro mandato, mas se afastou do PT e se aliou ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele deverá ser recepcionado pelo governador Eduardo Riedel (PSDB) e por outros aliados.

No entanto, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), não deverá participar do evento, apesar da importância para a economia da Capital. Na esperança de conquistar o voto dos bolsonaristas e apoio de Bolsonaro, a progressista vai dar um bolo no presidente da República.

O secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, explicou a importância da inclusão de mais cinco plantas de frigoríficos de MS para exportação para a China. “Por mais que tenhamos exigências, esse mercado chamado “boi china” apresenta o melhor preço em relação a outros destinos”, destacou.

Ele também diz que a tendência é aumentar a oferta de bovinos a curto prazo e desloca a produção de mercados de menor remuneração para o mercado chinês, que chega a pagar até 15% mais pela carne brasileira. A China compra mais o boi de 30 meses, chamado de novilho precoce, e vai ampliar a demanda para o produtor rural.



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