O desembargador Vladimir Abreu da Silva, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, concedeu prisão domiciliar ao vereador de Amambai Valter Brito (PSDB), preso na Operação Laços Ocultos, deflagrada pelo Ministério Público Estadual em novembro. O parlamentar, no entanto, está internado em Campo Grande após sofrer um infarto. 

Brito estava no Centro de Triagem Anísio Lima e teve que passar por uma angioplastia de emergência na manhã de segunda-feira (11) para desentupir artérias do coração por meio do cateterismo. Ele segue internado no CTI (Centro de Terapia Intensivo) do Hospital da Cassems e deve ir para casa, após receber alta.

Antes de ser internado, o vereador afastado passou mal na penitenciária, na quarta-feira (6), e foi encaminhado à UPA do bairro Tiradentes. No mesmo dia, à noite, foi transferido para o Hospital Cassems. Brito sofre de obesidade e diabetes.

O tucano foi líder do prefeito Edinaldo Bandeira, o Dr. Bandeira (PSDB), e é acusado de chefiar uma organização criminosa e uma rede de empresas que fraudava licitações, superfaturava e desviava recursos públicos. Foi preso no dia 16 de novembro e, dias depois, afastado de seu cargo na Câmara de Amambai.

A investigação foi iniciada pela 1ª Promotoria de Justiça de Amambai que revelou a existência de organização criminosa que praticava corrupção ativa, passiva, peculato, fraude em licitações e contratos públicos, além de lavagem de dinheiro.

O grupo criminoso envolvendo políticos, servidores municipais e empresários teria desviado pelo menos R$ 78 milhões nos últimos seis anos. A organização é acusada de fraudar licitações de obras e serviços de engenharia em Amambai e outros municípios, principalmente por meio de empresas ligadas a familiares, com sócios até então ocultos.

De acordo com uma fonte, que acompanha a investigação, a organização fraudava as licitações e vencia, praticamente, todas as realizadas desde 2017.

Valter Brito que vinha trabalhando para ser o candidato à sucessão de Bandeira. Ele figurava em segundo lugar nas pesquisas, com 17%, e só ficava atrás da colega de partido, Janete Córdoba.

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