Polícia acha sangue em sítio e suspeito de esquartejar jogador de futebol passa a ser considerado foragido


Para que a população faça denúncias anônimas que levem ao paradeiro do indivíduo, a polícia disponibilizou o número (67) 3479-1480; Foto: Polícia Civil

A Polícia Civil considera como foragido um dos suspeitos de matar o jogador de futebol Hugo Vinícius Skulny, de 19 anos. O autor teve o mandado de prisão expedido na noite de quarta-feira (5/7), em Sete Quedas, e até o momento não foi encontrado.

A ordem de prisão ocorreu depois da perícia realizada no sítio do autor e também na residência da ex-namorada da vítima, Rubia Joice Oliver Lusiveto, de 21 anos, sendo encontradas grandes quantidades de sangue.

Para que a população faça denúncias anônimas que levem ao paradeiro do indivíduo, a polícia disponibilizou o número (67) 3479-1480. Uma foto do autor também foi divulgada.

 

Como noticiado anteriormente pela reportagem, Hugo foi morto com três tiros, sendo dois na testa, depois foi esquartejado e teve partes do seu corpo jogadas no Rio Iguatemi.

Ontem, a polícia fez a reconstituição do crime. Considerada pela polícia como principal suspeita, a ex-namorada da vítima não participou na simulação. Ela está presa dede terça-feira (4/7), em Iguatemi, e segundo seu advogado, ela não esteve presente porque está com medo de voltar à cidade.

Somente o rapaz, amigo da ex de Hugo, participou já que teria ajudado a despejar partes do corpo da vítima no rio.

Hugo foi assassinado e esquartejado

Hugo Vinícius Skulny foi morto e esquartejado pela ex-namorada, com ajuda de um jovem, em Sete Quedas. O jogador de futebol estava desaparecido desde o último dia 25 de junho.

Em depoimento, a ex-namorada disse que, na manhã do crime, ela e o autor voltaram para a sua residência, na companhia de um amigo. O amigo foi para um dos quartos enquanto ela e o autor foram para outro quarto, onde mantiveram relações sexuais.

Ela contou que momentos depois Hugo invadiu a sua casa e entrou repentinamente em seu quarto a chamando de ‘vagabunda’, nisto o autor se levantou.

Os dois foram até a frente da residência e a ex-namorada estava junto quando o autor fez o disparo contra Hugo, que caiu na calçada.

O amigo que estava na casa se levantou e assustado teria questionado o que havia ocorrido. Em seguida, o autor mandou que o rapaz o ajudasse a colocar Hugo na carroceria do carro da jovem.

Ele ainda teria mandado que todos ficassem calados e não contassem nada a ninguém. Hugo ainda respirava quando foi colocado no carro. A frente da calçada foi lavada pela jovem.

O amigo que estava na casa no momento do assassinato disse que, após o crime, a ex-namorada de Hugo ficava mandando mensagens para ele e apagando em seguida, afirmando que era para ficar quieto. O padrasto e mãe da jovem também mandaram que ele não contasse nada a ninguém.

Corpo jogado no rio

Após colocarem o corpo de Hugo na carroceria, a dupla passou na frente da sede da Polícia Civil indo em direção ao rio da cidade. Foram abertas duas porteiras e, na beirada do rio, o autor colocou o carro de forma para poderem retirar a vítima do veículo.

O autor antes de jogar o corpo no rio fez mais dois disparos na testa de Hugo. O rapaz que ajudou a desovar o corpo relatou que não viu o corpo sendo esquartejado, que apenas foi lançado ao rio.

Após o assassinato, Hugo foi esquartejado para impedir que o corpo fosse encontrado. O instrumento usado teria sido uma serra elétrica, mas ainda não foi confirmado. As partes foram jogadas no Rio Iguatemi. Hugo estava desaparecido desde o dia 25 de junho, após ter ido a uma festa.

Almoço em chácara e passeio no parque

Após o crime, a ex-namorada do jogador ligou para a mãe dizendo que Hugo havia sido ferido com um tiro pelo autor, não dando mais detalhes. A mulher, então, avisou o marido que foi até Sete Quedas para ver o que havia ocorrido.

Chegando à casa da enteada, encontrou o amigo dela que disse que a jovem havia saído para levar o rapaz até a sua casa, mas já voltaria. O amigo estava em estado de choque e com as roupas urinadas. O padrasto da jovem, então, saiu para ir até a sua casa e acabou encontrando ela na rua.

Ele, então, percebeu que ela estava nervosa e resolveram levar o carro para a sua casa e depois partiram no veículo do padrasto para a chácara de sua mãe do lado paraguaio. No local, ela almoçou e no fim da tarde todos foram para um passeio no parque.

Segundo consta no depoimento, a jovem só contou para mãe o que havia ocorrido depois dizendo que estava com medo das ameaças do autor que teria dito que mataria, caso alguém soubesse de alguma coisa. Ela e o autor já teriam se relacionado anteriormente e se encontravam esporadicamente, quando ele brigava com a namorada atual.

As roupas sujas de sangue foram lavadas na chácara, assim como o carro da jovem que foi lavado para tirar os vestígios de sangue.

Ciúmes e perseguição x família problemática

Uma tia de Hugo em depoimento contou que a jovem não aceitava o fim do relacionamento com seu sobrinho e que vivia mandando mensagens para o jogador que bloqueava a ex-namorada, mas ela sempre aparecia atrás de Hugo tentando reatar o relacionamento.

Segundo a tia, no dia 24 pela manhã o sobrinho mostrou as várias mensagens que a ex-namorada estava mandando para que os dois se encontrassem e Hugo teria dito à tia que não queria mais.

Ainda segundo a tia do jogador, a mãe da jovem já teria tentado matar o próprio pai envenenado e contratado um pistoleiro para matar o ex-marido.

 

assessoria.



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