PF mira vereador, assessores e ex-vereador por grilagem de terra da União


A Operação Bárbaros, desencadeada hoje (7) pela Polícia Federal em Ponta Porã (a 313 km de Campo Grande) para investigar esquema de grilagem de terras da União na fronteira com o Paraguai, tem seis alvos principais.

Além do vereador Raphael Modesto Carvalho Rojas (PSDB) – como o Campo Grande News antecipou nesta manhã – a operação mira um ex-vereador e quatro assessores parlamentares. Os nomes deles não foram informados.

Quarenta agentes das delegacias da PF em Ponta Porã, Dourados e Campo Grande, além de integrantes do GPI (Grupo de Pronta Intervenção) da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul saíram às ruas para cumprir seis mandados de busca e apreensão nas casas dos investigados e na sede da Câmara de Vereadores, na Avenida Brasil.

Por ordem da Justiça Federal, Raphael Modesto foi afastado do mandado de vereador por 180 dias. Os seis investigados também estão proibidos de manter contato e aproximação e um dos deles não poderá contatar servidores da Superintendência do Patrimônio da União em Mato Grosso do Sul.

Segundo a PF, a operação investiga crimes de invasão de terras da União, corrupção, advocacia administrativa, tráfico de influência, falsidade documental e estelionato envolvendo o vereador, assessores parlamentares e um ex-vereador de Ponta Porã.

As investigações começaram logo após fiscalização da Superintendência do Patrimônio da União – vinculada ao Ministério da Economia – constatar ocupações irregulares em imóveis de propriedade da União no município de Ponta Porã.

O nome da operação remonta à época do Império Romano em que os povos bárbaros não falavam o idioma grego e nem compartilhavam da mesma cultura e modo de organização da sociedade grega.

Habitavam o norte da Europa, em região conhecida como Germânia. A partir do século III d.C., começaram a migrar e invadir as terras do Império Romano do Ocidente. A PF vai divulgar o balanço da operação ainda nesta terça.

 

CAMPO GRANDE NEWS



COMENTÁRIOS