Polícia investiga uso de armas e munições do exército em crimes na fronteira


Armas e munições apreendidas pela Polícia Nacional do Paraguai; Foto: Divulgação/Polícia Nacional

Armas e munições usadas para assassinar o pastor Wilfrido Arce na semana passada, no momento que ele chegava à igreja onde liderava, em Pedro Juan Caballero, já haviam sido apreendidas pela polícia em crimes anteriores. As balas usadas no assassinato estavam guardadas por órgão ligado ao exército paraguaio.

De acordo com a Polícia Nacional daquele país, investigavam apontaram que tem sido frequente a utilização de armas e munições já catalogadas pela Dimabel (Diretoria de Materiais de Guerra). Algumas delas pertenciam ao próprio exército, mas foram encontradas nas mãos de organizações criminosas.

Além da ligação com crimes de pistolagem, como na chacina de outubro de 2021, como foi denunciado pelo ex-governador do Departamento de Amambay, Ronald Acevedo, pai de uma das vítimas, o material de uso restrito das forças armadas paraguaias também está relacionado a assaltos a bancos e carros blindados.

No último dia 14 de setembro, por exemplo, um grupo criminoso usou explosivos para explodir parte de uma agência bancária no distrito de Pirapó, no Departamento de Itapúa. Após este ataque, foram realizadas incursões em San Pedro del Paraná, durante as quais foram encontrados novamente cartuchos de calibre 5,56.

Durante as investigações do assassinato do pastor, a Polícia Nacional e o Ministério Público realizaram uma série de batidas na capital departamental de Amambay. Em uma das casas invadidas pelos agentes, foram apreendidas 104 balas de metralhadoras, sendo que desse total, 27 possuem as inscrições da Dimabel.

 

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