Política
Câmara aprova moção de repúdio a Eduardo Bolsonaro por fala contra Tereza Cristina
INVESTIGA MS WENDELL REIS
A Câmara de Campo Grande aprovou, nesta quinta-feira, por 21 votos favoráreis e três contrários, uma moção de repúdio apresentada pelo vereador Marquinhos Trad (PDT) contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) por fala contra a senadora Tereza Cristina (PP).
Marquinhos afirmou que a fala de Eduardo atinge a honra da senadora, em uma tentativa de manchar sua reputação, mas também afronta o povo de Mato Grosso do Sul.
“Ou ficamos ao lado da senadora por Mato Grosso do Sul ou endossamos o que Eduardo disse, que ela é uma interesseira”, declarou.
O vereador Rafael Tavares (PL) foi um dos poucos a votar contra. Ele reconheceu que Eduardo exagerou, mas disse que a divisão interna favorece a esquerda.
O vereador Wilson Lands (Avante) votou favorável à moção e criticou o comportamento de Eduardo. “Está n hora deste menino parar de ser mimado. A senadora não tem mancha na política. Nada que rasgue sua história”, opinou.
O vereador Professor Riverton (PP) também votou favorável, por considerar a fala de total irresponsabilidade por se tratar de uma mulher, mas também pelo trabalho prestado. “Qual o trabalho deste rapaz pelo Brasil?”, indagou.
Apenas os vereadores do PL votaram contra a moção de repúdio. As letras “N” indicam não e “S”, sim.
O caso
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) criticou entrevista da senadora de Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina (PP), que não incluiu o nome dele entre as candidaturas viáveis para a presidência da República.
Em entrevista ao Jornal O Globo, Tereza foi questionada sobre a intenção de Eduardo de ser candidato e das críticas dele a outros nomes da direita.
Sobre a questão, a senadora disse que sempre vai ter gente que acompanha um lado ou outro, mas que o melhor seria uma união em torno de um único nome.
“Espero que a direita tenha maturidade para saber que nós temos um adversário, que é o governo que está aí, e não somos adversários entre nós. Quem vai disputar a eleição vai ser o PT contra alguém do campo da direita. O melhor dos mundos é que a direita sente e discuta o nome viável, porque não adianta colocar alguém que não tenha viabilidade”, declarou.
Questionada sobre os nomes que seriam viáveis, a senadora citou três que se destacam, segundo as pesquisas: Tarcísio de Freitas (governador de São Paulo), Ratinho Junior (governador do Paraná) e Michelle Bolsonaro (ex-primeira-dama).
Resposta na rede social
Eduardo Bolsonaro, que hoje mora nos Estados Unidos, republicou a entrevista e criticou a fala de Tereza.
“Sen. @TerezaCrisMS, acho interessante que você diga que as pesquisas colocam o Ratinho Júnior como viável e diga, na mesma entrevista, que eu não sou viável, mesmo que as pesquisas mostrem o inverso oposto. Assim, fica parecendo que seu conceito de viabilidade é aquele que se enquadra no seu interesse pessoal.
Longe de mim acusar você de agir apenas visando seus interesses pessoais, afinal, sabemos bem que você é bem capaz de representar interesses pessoais alheios, desde que sejam os interesses dos grandes capitais do país, mas é o que fica parecendo”, postou.
Na sequência, voltou a repetir críticas que tem feito a governadores que mostraram disposição de concorrer à presidência. “Não deixa de ser inusitado que todo tipo de sujeito que deu grandes saltos na política, graças a minha família, agora se ache no direito de escolher o próximo candidato a presidente da direita”, reclamou.
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