As facções CV (Comando Vermelho), do Rio de Janeiro, e PCC (Primeiro Comando da Capital), de São Paulo, foram alvos de operação da PC (Polícia Civil) que resultou na prisão de duas pessoas e cumprimento de mandados em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai.

As investigações apontam que ambas as organizações teriam formado aliança para o fornecimento de armas e drogas ao Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, movimentando cerca de R$ 250 milhões.

Um dos presos, Gustavo Miranda de Jesus, foi localizado na Pavuna, também na zona norte da capital fluminense, e segundo a polícia, é apontado como operador financeiro da quadrilha, e responsável por administrar empresas de fachada, realizar e receber transferências bancárias para pagamento de fornecedores, além de participar de esquemas de lavagem de dinheiro e simular eventos para disfarçar as transações ilegais.

O segundo alvo foi capturado em Taubaté, no interior de São Paulo. Trata-se de Ana Lúcia Ferreira, conhecida como “Ana Paraguaia”, ex-esposa de Elton Leonel da Silva, o “Galã” — um dos líderes do PCC, preso em 2018, e apontado como um dos principais fornecedores de drogas e armamentos da América Latina.

De acordo com a polícia, Ana Lúcia atuava como traficante interestadual e era responsável por intermediar negociações de drogas e armas com fornecedores localizados em Ponta Porã. Ela inclusive se deslocava entre estados e visitava pessoalmente o Complexo do Alemão para acompanhar as transações.

As ações da operação também incluíram o cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços ligados às atividades criminosas em Ponta Porã, reforçando a atuação da polícia no combate ao tráfico na região de fronteira.