Policia
Caseiro que matou patrão com tiro de espingarda tem prisão preventiva decretada
LUIZ GUILHERME LIGADO NA NOTICIA
O caseiro Ângelo Gabriel Pereira Franca, de 55 anos, que assassinou o patrão Vilson José Tondato, de 65, com um tiro de espingarda, teve sua prisão preventiva decretada pela juíza Natália Devechi Picoli Antunes.
O crime ocorreu na tarde de segunda-feira (28/4), no Sítio Jardim do Éden, na 15ª Linha, município de Deodápolis, cujo o proprietário era a vítima.
A audiência de custódia ocorreu na noite de quarta-feira (30/4), por videoconferência, e a defesa pediu o relaxamento da prisão sob o argumento de que não estaria configurada nenhuma das hipóteses de flagrância previstas no Código Penal (Angelo foi localizado e preso na noite de terça-feira [29/4], mais de 24 horas após o crime). Também requereu a concessão de liberdade provisória, sustentando o crime ocorreu em legítima defesa, já que o sitiante teria tentado matar o funcionário com uma espingarda.
A magistrada, no entanto, seguiu parecer do Ministério Público, que defendeu a conversão do flagrante em preventiva, para garantir a ordem pública e assegurar a aplicação da lei. A juíza também citou que Ângelo tem registros criminais anteriores e chegou a ser condenado por tentativa de homicídio, mas não foi localizado para cumprir a pena, prescrita no início deste ano.
Natália Devechi Picoli Antunes mencionou também que o crime foi praticado contra alguém com quem o autor mantinha relação de confiança. Sobre a alegação de legítima defesa, afirmou que tais circunstâncias “exigem aprofundamento das investigações”.
O advogado Heltonn Bruno Gomes Ponciano Bezerra afirmou que já está preparando pedido de habeas corpus. Segundo ele, há elementos suficientes para demonstrar que o crime ocorreu após ameaças do patrão e que o caseiro agiu para se defender.
Ele trabalhava há quase um ano na propriedade de Vilson.
O crime
Os dois teriam discutido no domingo (27/4), após o funcionário pedir que o patrão comprasse mistura e fumo. Na frente de outras pessoas, o sitiante teria afirmado que o empregado já lhe devia muito dinheiro e não sabia se conseguiria pagar. Ângelo alega ter reclamado do tratamento, dizendo que havia se sentido humilhado.
Vilson teria chegado em casa e falado para a esposa que mataria o empregado. Em depoimento à Polícia Civil, a mulher disse que Vilson vinha se desentendendo com todo mundo nos últimos tempos e temia que esse comportamento terminasse em tragédia.
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