Águia Negra escala jogador irregular em partida contra o DAC e deverá prestar esclarecimentos

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O Águia Negra garantiu vaga nas semifinais do Campeonato Sul-Mato-Grossense Série A 2025 ao vencer o Dourados nos pênaltis por 3 a 1, após derrota por 2 a 1 no tempo normal, no último domingo (9), no Estádio Douradão. No entanto, a equipe pode enfrentar julgamento no Tribunal de Justiça Desportiva de Mato Grosso do Sul (TJD-MS) devido à escalação irregular de dois jogadores suspensos.

Os atletas Valdeci e Luiz Eduardo, que receberam o terceiro cartão amarelo no jogo de ida das quartas de final, atuaram na partida de volta, o que contraria o regulamento da competição. O artigo 41 do regulamento do Estadual estabelece que jogadores e membros da comissão técnica ficam automaticamente impedidos de atuar na partida seguinte após acumularem três cartões amarelos.

Divergência sobre a legalidade da escalação
O presidente do Águia Negra, Iliê Vidal, alega que a escalação dos jogadores foi autorizada pela Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS). Segundo Vidal, o diretor de competições e vice-presidente da FFMS, Marco Antonio Tavares, comunicou aos clubes que os cartões foram zerados ao fim da primeira fase do campeonato.

"Não estão irregulares. Eu tenho uma resolução da Federação, do diretor de competições, que mandou para todos os clubes, assim que terminou a 1ª fase, zerando todos os cartões", declarou Iliê ao ge MS.

O dirigente afirmou ainda que confirmou a validade da resolução diretamente com Tavares no sábado (8), véspera do jogo. "Ele me garantiu que eu poderia jogar, tenho as conversas dele dizendo que não tem problema nenhum, que o documento tem validade, que tem respaldo jurídico", acrescentou.

Dourados pretende recorrer ao TJD-MS
O presidente do Dourados, Marco Araújo, anunciou que o clube recorrerá ao TJD-MS para questionar a escalação dos jogadores. Segundo ele, a decisão de zerar os cartões não passou pelo Conselho Técnico da competição, como previsto no artigo 93 do regulamento.

"O Tavares fez um papel dizendo que poderia jogar, mas ele não tem essa autoridade. Para isso, precisaria passar pelo conselho arbitral, o que não ocorreu", afirmou Araújo.

Ele também mencionou que, após a partida, houve uma tentativa de legitimar a decisão de forma retroativa. "Marcos Tavares coletou assinaturas de conselheiros depois do jogo para mascarar que houve diretriz oficial, mas não teve ata nem registro de reunião", disse.

O Águia Negra aguarda uma possível notificação oficial. Enquanto isso, o Dourados mantém seu elenco treinando à espera do desfecho do caso.



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