A postura estritamente partidária, como dirigente do PP (o Partido Progressistas) em Mato Grosso do Sul, e uma das lideranças que demonstram lealdade ao projeto de fortalecimento da direita nacional, a senadora Tereza Cristina começa a movimentar as peças do tabuleiro eleitoral para 2026 no estado a partir deste mês.

Ao escolher, justamente, o dia 8 de março, sábado que vem, data em que também é celebrado o Dia Internacional da Mulher, para ‘ungir’ o novo prefeito do partido no Estado, o reeleito com mais de 82% dos votos em 2024, Lucas Foroni, da vizinha Rio Brilhante, a senadora finca estaca firme na sucessão do governador Eduardo Riedel, do quase extinto PSDB.

 
E, para quem pensa que ao tirar um prefeito do MDB, dos 10 que se elegeram pela legenda, Tereza estaria diminuindo a força do ex-governador André Puccinelli, ainda um fenômeno eleitoral, sobretudo na capital do Estado onde Tereza reelegeu a prefeita Adriane Lopes, fica evidente que essa dupla pretende, sim, caminhar bem pertinho daqui a pouco mais de um ano e meio quando o midiático governador ainda tucano deverá tentar novo mandato. É só 'puxar a memória' e observar como os dois começaram na política.

Riedel sabe que Tereza possui brilho próprio, por isso já ‘cortejou’ o MDB presenteando o ex-senador Waldemir Moka com o Escritório de Representação de MS em Brasília. Convenhamos: muito pouco para quem detém uma força nacional à altura da ministra mais bem avaliada do Governo Lula, a ex-senadora Simone Tebet, ‘embaixadora’ do petismo junto ao Governo de Mato Grosso do Sul.

Tereza, do PP, controla o poder no principal centro político do Estado, não deixou o ex-prefeito de Dourados, Alan Guedes, naufragar sozinho, ‘engoliu o amargo da derrota’, começa a fortalecer a legenda pelas beiradas e, não se iludam: será a ‘pedrinha no sapato’ [justificando o diminutivo pela estatura física da política que um dia ‘encarou’ o poderoso Donald Trump] e fiel da balança, com o PL, MDB e novos amigos de caminhada... É esperar pra ver.