Bolsonaro participa de ato com aliados e apoiadores na Praia de Copacabana, no Rio

COM A CNN


Manifestação foi organizada pelo pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, responsável também pelo ato do ex-presidente na Avenida Paulista em fevereiro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participa de ato com aliados e apoiadores na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, neste domingo (21).

O ex-presidente chegou por volta das 10h ao trio elétrico em Copacabana, acompanhado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

A manifestação foi organizada pelo pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, que também foi responsável pelo ato do ex-presidente na Avenida Paulista, em São Paulo, em fevereiro.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, foi o primeiro a discursar no evento. Ele agradeceu brevemente a presença dos apoiadores do ex-presidente em sua fala.

Valdemar e Bolsonaro estão impedidos de se comunicarem por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os dois foram alvos da Operação Hora da Verdade, realizada pela Polícia Federal (PF) em fevereiro.

Em razão do ato, a Prefeitura do Rio antecipou a interdição da área de lazer na orla de Copacabana para às 04h, entre a Rua Francisco Otaviano e a Avenida Prado Junior.

A Polícia Militar reforçou o policiamento no local e trabalha com tropa ordinárias e grupamentos especializados. A corporação informou que não divulgará estimativa de público da manifestação.

Discurso

Em discurso a apoiadores e aliados o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez elogios a Elon Musk e também defendeu a atuação do bilionário dono da Tesla e do X (antigo Twitter).

“Acusam, agora, o homem mais rico do mundo. O homem que nasceu na África do Sul, que foi naturalizado americano, que é dono de uma plataforma cujo objetivo dele é fazer com que o mundo todo seja livre. Que é o X. O nosso antigo Twitter. É um homem que realmente preserva-se pela liberdade a todos nós. É o homem que teve a coragem de mostrar, já com algumas provas, outras virão com toda a certeza, para onde a nossa democracia estava indo. O quanto de liberdade nós já perdemos”, disse.

Alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal que apura existência de milícias digitais, Musk tem atacado publicamente o ministro Alexandre de Moraes e ameaçado descumprir determinação da Corte de manter bloqueadas contas no X.

No discurso, Bolsonaro também criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“O que fizemos ao longo dos 4 anos, que grande parte da mídia tradicional não mostrou. Quando se muda um governo, o que se pensa? É igual quando muda um técnico de futebol. Espera um time melhor. Dá pra comparar esses 38 ministros de Lula com os 23 de Bolsonaro?”, disse.

Bolsonaro e os organizadores disseram que o ato na praia de Copacabana era em defesa do direito de expressão. Além das referências a Elon Musk, o ex-presidente repetiu o discurso feito na Avenida Paulista, em fevereiro.

Ele voltou a fazer referências à minuta do golpe e dizer que sempre agiu dentro da legalidade.

“Nós nunca jogamos fora das quatro linhas. Completando aqui o Silas Malafaia. Minuta de golpe. Alguém já viu essa minuta de golpe? Imprensa já viu a minuta de golpe? Ué? Por que não? Quando se fala em estado de sítio, é uma PROPOSTA que o presidente, dentro das suas atribuições constitucionais, pode submeter ao Parlamento brasileiro. O presidente não baixa decreto nenhum. Só baixa decreto depois que o Parlamento der sinal verde”.

A Polícia Militar do Rio de Janeiro não divulgou dados sobre a quantidade de pessoas na manifestação. A CNN aguarda a divulgação dos dados do Monitor do Debate Político do Meio Digital, da USP, que fará um estudo para estimar o público presente no ato deste domingo (21).

Procurado pela CNN, o STF disse que não irá se manifestar.

32.750 mil pessoas

O ato organizado por apoiadores e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, neste domingo (21), reuniu 32.750 pessoas, segundo estimativa do Monitor do Debate Político no Meio Digital, projeto de pesquisa da Universidade de São Paulo (USP).

Segundo os pesquisadores, foram tiradas 35 fotos da manifestação entre às 10h e 12h30. Nove destas imagens foram selecionadas para cobrir a extensão do ato na praia de Copacabana, sem sobreposição. (Com a CNN)



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