A corrida eleitoral continua a todo o vapor, em Dourados, com vários pré-candidatos colocando o nome a disposição dos seus respectivos partidos políticos. Um exemplo claro disso, é o PCO (Partido da Causa Operária) que deve lançar um candidato indígena para a prefeitura de Dourados.

Isso foi evidenciado na semana passada, onde o partido, realizou campanha de filiação de indígenas nas retomadas localizadas no entorno da RID (Reserva Federal de Dourados), e em outras regiões da Grande Dourados.

O grande objetivo do PCO é fazer igual ao pleito de 2020, onde o advogado, de origem terena, Wilson Matos (PTB), foi candidato, na ocasião da base governista da então prefeita Délia Razuk, hoje no PSDB.

Naquela eleição, o advogado obteve 5.667 votos, ficando em penúltimo lugar.

Caso consiga um nome, o PCO vai repetir o feito de lançar um indígena a um cargo majoritário, como Magno Souza, que em 2020, representou o partido na disputa para o Governo do Estado. O principal mote da candidatura foi sobre as altas taxas de violência nas comunidades indígenas de Dourados.

Para essa tentativa, um dos dirigentes do PCO na cidade, explicou ao jornal Midiamax, que:

“O PCO é um partido pequeno e com poucos recursos financeiros, por isso mesmo nossa perspectiva é diferente da perspectiva dos demais partidos. O PCO é um partido que tem uma grande independência política e ideológica. Nossa intenção principal nas eleições é dar voz à classe operária e aos grupos desfavorecidos, como é o caso dos índios”.

Ainda segundo o dirigente, o projeto de disputa para a prefeitura da cidade, não basta apenas ser indígena, mas de um grande arcabouço de mudanças na gestão.

“Em uma cidade com mais de 10% de indígenas, se o sistema eleitoral fosse democrático, seria natural que a comunidade indígena disputasse com grandes chances as cadeiras municipais. Mas os índios em Dourados e no Estado de modo geral, vivem em um regime de segregação”.