Corpo de Cícero Faria será cremado no fim do dia

Jornalista está sendo velado na loja maçônica Cinquentenário

DOURANEWS


O funeral do jornalista Cícero Faria, que morreu neste sábado (13) no Hospital da Vida, após sofrer parada cardíaca em casa enquanto se recuperava de um câncer de próstata, acontece neste domingo (14), até às 14 horas, na loja maçônica ‘Cinquentenário’, localizada na rua Afonso Pena, 899, no Parque Alvorada. Em seguida, começam os procedimentos de cremação que acontecerá no final do dia no crematório da Pax Primavera em Dourados.

Cícero Faria, conhecido entre os amigos da imprensa como ‘Cururu’ [em alusão ao sapo que ilustrava as sátiras do cotidiano na tradicional coluna de opinião ‘Informe C’, uma das mais longevas publicadas por ele em jornais da cidade] iria completar 70 anos no próximo dia 10 de fevereiro Ele foi internado em novembro do ano passado, no HU (o Hospital Universitário da UFGD) depois de ter sido diagnosticado com complicações na bexiga.


Um dos jornalistas mais respeitados da imprensa sul-mato-grossense, Cícero Faria nasceu em Campo Grande e morava em Dourados há 48 anos, onde atuou como correspondente dos jornais Folha de Londrina, do Paraná, Correio do Estado, de Campo Grande, e o Estado de S. Paulo (o Estadão), de São Paulo.

Atuante e versátil

Idealizador e primeiro presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais na Região da Grande Dourados (Sinjorgran), criado em 9 de dezembro de 1.989, o jornalista também foi sócio-fundador do CID, o Clube de Imprensa de Dourados, entidade que também presidiu.

Cícero Faria chegou em Dourados em janeiro de 1976 para trabalhar no jornal Folha de Dourados e nesse período trabalhou ainda no Jornal da Praça, Rádio Clube, Folha de Londrina, O Progresso e Grande FM, onde comandava o quadro FM Rural todas as manhãs e como comentarista do Espaço Aberto. 

Chefiou assessorias de imprensa da Prefeitura de Dourados (durante a administração do prefeito Humberto Teixeira), da Câmara Municipal (na gestão do vereador Humberto Teixeira Junior) e de entidades da sociedade civil, como a Aced (Associação Comercial de Dourados) e do Sindicato Rural

Torcedor do Fluminense e atuante na história da categoria no Estado, ele foi casado com Adilis Morais, com quem teve três filhos (Phaena, Fernanda e Fábio) e se notabilizou como colunista no espaço ‘Informe C’, que manteve por longos anos nos jornais O Progresso e Diário do Povo. Também atuou como jornalista do jornal O Panorama. 

Sinjorgran

Ao longo deste domingo, amigos, familiares e colegas da Imprensa se revezam nas despedidas ao profissional que deixa um legado, sobretudo, na história do sindicato da categoria, como um dos fundadores do Sindicato no Estado e depois, delegado sindical em Dourados, motivador do desmembramento que deu origem ao Sinjorgran regional.

Depois de Faria, que presidiu o Sinjorgran entre 1989-92, passaram pelo comando da entidade, sucessivamente: José Henrique Marques (entre 1992-95 e depois de 1995-98), Antonio Viegas (entre 1999-2002), Clóvis de Oliveira (de 2002-05), Luis Carlos Luciano (em três períodos, de 2005-08 – 2008-11 e de 2017-20), Karine Segato (entre 2011-14 e de 2014-17) e João Carlos Torraca Brandão, que entregou o mandato no ano passado para o repórter-cinematográfico Diógenes Fernandes.

O Sinjorgran é uma das poucas entidades sindicais da categoria com sede fora das capitais do País, luta encampada, aliás, pelos mais antigos, como Cícero Fária e Antônio Viegas à frente. Além de Dourados, Itaporã, Fátima do Sul, Rio Brilhante, Maracaju, Caarapó, Ponta Porã, Amambai, Antônio João, Aral Moreira, Naviraí, Eldorado, Itaquiraí, Mundo Novo, Deodápolis, Iguatemi, Nova Andradina, Ivinhema, Gloria de Dourados, Angélica, Tacuru, Paranhos, Sete Quedas, Coronel Sapucaia e Bataiporã compõem a base sindical. (material atualizado às 09h03 para acréscimo de informações)

 



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