Sucessão em Dourados antecipa disputa pelo Senado

Políticos com e sem poder de mando devem ligar alerta

DOURANEWS


Políticos com e sem mandato devem raciocinar - (Foto: Douranews)

O douradense ainda não está nem aí, literalmente, para as eleições municipais de 2024 – ainda há disputa ‘surda’, porém, manifesta em grupos sociais, em torno do resultado das urnas da última eleição presidencial, pode isso? – porém, o que se vislumbra é que, do resultado eleitoral em Dourados vai depender o impulsionamento das possíveis candidaturas ao Senado nas eleições de 2026. 

Daí o intrincado jogo de xadrez que começa a se desenhar, ora tirando eventuais pré-candidatos de um partido e alojando em outro, ora excluindo nomes preferenciais por outros não menos. Tudo o que não pode acontecer é as lideranças de Dourados continuarem ‘submissas’, pra dizer o mínimo, em relação aos ‘interesses’ predominantes de Campo Grande, a capital do Estado que um dia conseguiu se livrar das ‘amarras’ do velho Mato Grosso e hoje desponta como uma das cidades mais convergentes do país.

Quando se observa, por exemplo, a liderança disparada do nome do radialista Marçal Filho e a rejeição, igualmente disparada, do prefeito Alan Guedes em um eventual choque de aspirações ao cargo de prefeito da mais importante cidade do interior de Mato Grosso do Sul, é preciso analisar a quem essas duas figuras estariam servindo, futuramente, daqui a menos de três anos pra ser mais exato, na disputa às duas vagas que vão se abrir para o Senado da República.

 
E aí, atentem os internautas, a única que não está diretamente preocupada com essa situação, é a senadora recém eleita Tereza Cristina, por sinal a presidente do partido ao qual ambos (tanto Marçal como Alan) pertencem, justamente o PP que também tem o vice-governador do Estado, o ativo Barbosinha, outro douradense que ainda ‘respira’ o clima eleitoral de 2020, principalmente quando se depara com o sentimento de arrependimento que vislumbra no sentimento das ruas pela cidade.

Diante dessa situação, vejamos: Quem aspira as vagas ao Senado de 2026? Pelas plataformas sociais, e as mexidas no tabuleiro até aqui, despontam o ex-governador Reinaldo Azambuja, ainda com pose de quem detém uma ponta da caneta e, pela projeção matemática de poder nacional, o autointitulado ‘pantaneiro’ Vander Loubet, o nome emergente da força lulista no Estado.

Porém, é verdadeiro e inequívoco que, igualmente se 2024 vem antes de 2026, as eleições de 2026 vão passar, justamente pela de 2024, porque será daqui a pouco mais de um ano que estaremos escolhendo os futuros articuladores da disputa de dois anos depois, principalmente se considerados que os eleitos das urnas de 24 seriam os principais ‘puxadores’ de votos para os pretendentes de 26, ainda mais depois de 'herdar' um pacote pré-pronto com US$ 50 milhões financiáveis a longo prazo.

Às vésperas da eleição para prefeito do ano que vem, muitos poderão dizer, entretanto, que é inoportuna e extemporânea essa discussão de 2026. Mas, citando um expert na política tupiniquim, o ex-deputado Walter Carneiro, que sempre teve participação ativa em processos eleitorais, conforme entrevista reproduzida pelo Douranews [acompanhe abaixo um trecho], cabe às lideranças, principalmente aos que detém poder de mando, exercerem a humildade de se sentarem à mesma mesa para definir o que queremos, ou, que espaço merecemos em futuro breve.

Ainda dá tempo...



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