Defesa alega inocência de ex em homicídio de jogador e polícia faz reconstituição do crime


Hugo foi morto a tiros e depois teve o corpo esquartejado com uma serra elétrica - Crédito: Reprodução/Facebook

A coletiva de imprensa para detalhar o caso do homicídio do jogador de futebol Hugo Vinícius Skulny, 19 anos, que inicialmente aconteceria nesta quinta-feira (6), foi remarcada para a manhã da sexta-feira (7), na Câmara Municipal de Sete Quedas (MS), local onde aconteceu o crime. De acordo com a Polícia Civil, a mudança se deu pela necessidade de conclusão das investigações.

Ainda na manhã desta quarta-feira (5), policiais civis realizaram reconstituição do crime com base no depoimento de Rubia Joice de Oliver Luivisetto, 21, ex-namorada da vítima e que foi presa suspeita de envolvimento no crime. Também foi colhido o depoimento de um amigo da garota, Cleiton Torres Volbeto, ouvido como testemunha.

Os investigadores também foram até a propriedade rural à beira do Rio Iguatemi, apontada como o local onde o corpo foi esquartejado.

ENVOLVIDOS
O Dourados News informou anteriormente que na tarde da segunda-feira (3), Danilo Alves Vieira da Silva, 19 anos, se apresentou à polícia acompanhado do advogado.

Enquanto a ex-namorada da vítima, Rubia Joice, também acabou sendo detida por ocultação de cadáver. 

Cleiton Torres Volbeto, amigo de Rubia, que estaria em um dos quartos do imóvel, quando ouviu o disparo.

Todos já tinham sido ouvidos pela polícia.

DEFESA DE RÚBIA
O Dourados News entrou em contato com os advogados de defesa de Rubia, Felipe Azuma e Alberi Dehn. Eles afirmam que a garota não enviou mensagem alguma no dia dos fatos pedindo que Hugo fosse até ela.

Já em relação ao envolvimento entre Rubia e Danilo, os dois se encontraram algumas vezes, após o término com Hugo.

Em relação ao primeiro depoimento, a defesa alega que Rubia deu outra versão poque estaria com medo após receber ameaças de Danilo.

Os advogados ainda divulgaram nota onde lamentam “o tratamento que está sendo dispensado por parte das autoridades públicas à uma mulher que não cometeu qualquer crime e teve apenas a infelicidade de estar presente no momento em que a vítima e o Danilo Alves Vieira da Silva iniciaram uma discussão após Hugo ter invadido o imóvel onde ela residia. Rubia esclarece que não teve qualquer envolvimento com o desfecho trágico da briga entre seu ex-namorado e Danilo e que quando Hugo invadiu o imóvel, ela ainda interveio para conter os ânimos, mas não obteve sucesso”.

Segundo as informações, durante a discussão ela ouviu um disparo de arma de fogo e viu Hugo caindo, momento em que olhou para Danilo e viu que ele estava com uma arma na mão. No mesmo imóvel estava Cleiton Torres Volbeto, que ocupava um dos quartos da casa e saiu ao ouvir o disparo.

Ela e Claiton iriam acionar socorro, mas teriam sido ameaçados por Danilo que, de arma em punho, disse que todos poderiam morrer se chamassem a polícia. O corpo de Hugo foi retirado do local por Danilo e Claiton, sem que Rubia tivesse conhecimento do paradeiro.

Os advogados ressaltam que Rubia foi voluntariamente à Delegacia e se apresentou espontaneamente quando teve conhecimento que estava sendo investigada sob suspeita de participação no crime.

“Causa estranheza o tratamento que estão dando à Rubia, atribuindo a ela um crime bárbaro do qual não teve qualquer envolvimento, nem mesmo com a ocultação do corpo de Hugo. Rubia teve sua casa invadida, foi xingada, tentou evitar a briga, não puxou o gatilho, não ocultou o corpo e, é a única pessoa que está presa”, consta na nota.

A defesa afirma ainda que, até o momento, não existem provas que apontem a participação da suspeita no crime.

 

Dourados News



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