O nome dele é Geraldo Resende Pereira, está deputado federal pelo sexto mandato [computando, é claro, o anterior, que durou só dois dias, depois ele se licenciou para assumir a Secretaria de Saúde do Estado], acabou de completar 68 anos de idade, em abril, mas diz que ainda não perdeu o vigor e nem a vitalidade, e muito menos a vontade de ser prefeito por Dourados, pretensão que acumula desde 2016, quando foi derrotado por Délia Razuk, até hoje a única mulher a administrar a cidade.

No Douranews, entre ‘offs’ e ‘ons’, Geraldo disse do desconforto que é ver tanta disputa interna, o que chama de briga pequena, entre partidos e pessoas de um mesmo lado, só pra não deixar o outro lado crescer. Diz que ouve diariamente, até de aliados próximos, reclamações contra a sua atuação: “esse é o faz-tudo!”, mas garante que vai continuar perseguindo alvos mesmo.

Em Brasília, o parlamentar admite que tem frequentado pouco o plenário na legislatura atual – “caiu muito a qualidade do debate” -, mas percorre gabinetes ministeriais com a mesma volúpia dos mandatos anteriores, senão em maior grau ainda. E bate no peito pra dizer que - “tem gente querendo se apropriar” - mas, o dinheiro pra concluir a primeira etapa da longa revitalização do aeroporto de Dourados, foi obtido por intervenção dele.

 
Desconfortável mesmo é ver que o PSDB, legenda que ajudou a fundar na cidade nos anos 80, é hoje povoado por, pelo menos, mais duas figuras com as mesmas pretensões dele [Lia Nogueira e Zé Teixeira anunciam o desejo de disputar a Prefeitura] e tem mais gente de olho na força do tucanato depois que Reinaldo Azambuja emplacou o sucessor Eduardo Riedel e percorre todo o Estado com o mesmo fôlego de como se estivesse ainda à frente do Governo, além do atual prefeito, Alan Guedes, que tenta se viabilizar para tentar a reeleição no PP, hoje um dos aliados do atual governador onde, inclusive, conta com o vice-governador Barbosinha e o presidente da Assembleia, deputado Gerson Claro. 

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