Grupo conclui trabalho preliminar realizado em Dourados

Estudos indicam primeiros resultados práticos na Reserva


“A política de um Estado verde, inclusivo e próspero, anunciada pelo governador Eduardo Riedel, não permite que os nossos irmãos indígenas permaneçam exclusos desse processo. Políticas públicas nas aldeias compõem esse conjunto de ações que vão transformar Mato Grosso do Sul no Estado vanguardista também nessa área”. A afirmação é do vice-governador Barbosinha após liderar o GT (Grupo de Trabalho) que foi constituído pelo Governo para analisar as condições de insegurança hídrica predominante nas aldeias do Estado, mas, sobretudo, entre os guarani, caiuá e terena que habitam as aldeias Jaguapiru e Bororó, em Dourados. Projeto resultado do trabalho desse Grupo será entregue oficialmente ao governador Eduardo Riedel no dia 27 deste mês.

Os entes mobilizados no Grupo de Trabalho que foi criado pelo Governo, envolvendo técnicos e agentes da Sesai/DSEI, o Distrito Sanitário da Secretaria nacional de Saúde Indígena em Mato Grosso do Sul, além da Sanesul e das Secretarias de Assistência Social e Direitos Humanos e do Turismo, Esporte e Cidadania, juntamente com a Prefeitura, através da Ceaid (Coordenadoria de Ações Indígenas) e do MPF (Ministério Público Federal) se uniram para discutir uma proposta capaz de mitigar os problemas  enfrentados nas aldeias. “Essa não é uma situação exclusiva de Dourados, ela se estende pelo Mato Grosso do Sul e entre as várias etnias do Brasil, esse é um projeto-piloto que deve atender às demais regiões”, define o vice-governador.

 

Vice-governador coordena o Grupo de Trabalho para solucionar falta d'água nas aldeias

Dignidade

De acordo com o gerente Comercial e de Operações da Sanesul no Estado, Madson Valente, a companhia de água e saneamento já realizou, como indicador paliativo, ações para combater a falta de água. “Equipes da Sanesul realizaram a abertura de mais de 5.000 metros de rede, 2.500 metros de ramais, e 151 famílias – algumas que estavam há mais de 20 anos sem água - agora são abastecidas pelo sistema”, informa, ressalvando, porém, que o projeto macro, com o quantitativo de poços e reservatórios necessários para atender toda a Reserva Indígena de Dourados, será apresentado no dia 27 e vai mobilizar o Governo, a bancada federal do Estado e a União.

Os engenheiros Rafael Ceccim Cardoso, Weslei Pereira, Karoline Bonzi e Gilmara Galache, da Sesai-MS, tiveram participação ativa nas operações iniciais e consideraram louvável que as cerca de 150 famílias, que anteriormente eram atendidas por caminhão-pipa ou não tinham acesso à água, passaram a receber água potável após a celebração da parceria entre Governo do Estado, Sanesul e Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul. “É inspirador ver parcerias que visam suprir as necessidades básicas das pessoas e empenhadas em construir soluções para problemas urgentes, como a difícil situação em que se encontravam as famílias da RID, no que se refere ao abastecimento de água”, destacaram.

Escola

Além disso, o projeto de uma escola estadual para funcionar em tempo integral, com 12 salas de aula, no interior da aldeia Bororó, aguarda apenas a liberação por parte da Funai (Fundação Nacional do Índio), em Brasília, para começar a ser construída na Reserva Indígena de Dourados. “É um compromisso do nosso Governo, que já mantém outras unidades educacionais no interior das aldeias, como a escola Guateka ‘Marçal de Souza’, onde funciona o mais moderno laboratório de pesquisas e estudos da Rede Estadual de Ensino no Município, além de levar ações de proteção àqueles que querem cultivar a agricultura tradicional; por isso, também, a preocupação número um em garantir o abastecimento de água para todos”, conclui o vice-governador.

 

Por Assessoria Vice-Governadoria



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