Parceria institucional viabiliza ações na Reserva

Reitor destaca resgate dos valores políticos em ação


Reitor da UFGD assina recebimento do repasse - (Foto: Divulgação)

A Universidade Federal da Grande Dourados recebeu, na sexta-feira (2) passada, o repasse da Prefeitura de Dourados equivalente a R$ 250 mil captados por meio de emenda parlamentar da ex-deputada Rose Modesto, para a execução do projeto de extensão Cuidar, que atua na Reserva Indígena com atividades de prevenção ao abuso de álcool e de outras drogas.
 
Na ocasião, o reitor da UFGD, Jones Dari Goettert, agradeceu aos vários parceiros do Cuidar, em especial ao IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul), Prefeitura de Dourados e o Ministério Públicos estadual e federal, entre outras entidades. “Esta união de forças entre várias instituições públicas, mas, principalmente entre pessoas comprometidas, mostra como podemos resgatar a palavra ‘política’, para que ela volte a significar ações com a população e em prol da população”, destacou.

Este recurso, especificamente, vem de emenda da ex-deputada Rose Modesto com o apoio do prefeito Alan Guedes, que são sempre muito receptivos à universidade, observou o reitor. “Posso dizer que a UFGD vem recebendo o apoio de toda a classe política sul-mato-grossense. Logicamente, temos uma sociedade muito diversa e essa diversidade de pontos de vista também se reflete nas pautas defendidas pelos nossos representantes políticos. Mas percebo que a UFGD é sempre bem recebida por todos, porque nossa universidade trabalha fazendo as mediações necessárias para avançarmos nas políticas públicas que realmente beneficiam a população de Mato Grosso do Sul e, especialmente, a população indígena”, explanou Jones. 
 
O secretário de Governo e Gestão Estratégica da Prefeitura de Dourados, Wellington Rocha, que representou o prefeito Alan Guedes no ato, agradeceu o empenho de toda equipe que viabilizou o repasse dos recursos. “Quem trabalha no setor público sabe que são muitos dias para elaborar um projeto, dá muito trabalho para encaminhar a documentação, vários setores cooperam para efetivar a celebração de um convênio como esse que assinamos agora. E depois de assinado o convênio, é necessário zelo, boa administração, fazer a prestação de contas correta, documentar tudo. Por isso é importante valorizar todos os que estão envolvidos, são pessoas que não desanimam, não desistem, porque querem cuidar da população”, exaltou Wellington. 
 
O vereador Marcelo Mourão, representando a ex-deputada estadual Rose Modesto, elogiou a UFGD por ser um ambiente em que os gestores públicos são acolhidos, onde a comunidade acadêmica pontua suas críticas com respeito e, principalmente, se coloca como parceira para criar e implementar políticas públicas que beneficiem a população. “Aqui neste evento estou vendo vários jovens gestores públicos, alguns são pessoas que se formaram aqui na UFGD, são pessoas que estão na gestão municipal e que fazem políticas públicas direcionadas às pessoas, porque aqui eles aprenderam a cuidar de gente”, exemplificou Marcelo. 
 
O reitor ainda ressaltou o importante papel da coordenadora do projeto, professora Gicelma Chacarosqui. “Eu agradeço em especial à professora Gicelma, por ter o cuidado de construir uma equipe multidisciplinar, por se disponibilizar a escutar a população indígena, por se colocar como interlocutora junto a vários órgãos, e por conversar com toda a classe política para pedir apoio ao projeto”, frisou o reitor. 
 
Benefícios
 
Além de ser um projeto que trata de um tema de alta importância para a sociedade, o Cuidar também é uma iniciativa que traz benefícios para as instituições de ensino envolvidas - a UFGD e o IFMS. A diretora de Ensino, Pesquisa e Extensão do Campus Dourados, Natalli Macedo Rodrigues Falleiros, falou que, ao atuar nas escolas, o projeto incentiva os jovens indígenas a sonhar com alternativas para o futuro. “Queremos estar nas aldeias porque queremos que mais jovens indígenas conheçam nossa instituição e venham estudar no IFMS”, disse Natalli. O coordenador de Cultura da UFGD, Gil Esper, destacou que o projeto também é importante para a UFGD porque vai abrir mais portas para que os estudantes universitários realizem atividades de extensão nas aldeias e conheçam a realidade das comunidades indígenas douradenses. 
 
Atualmente, uma equipe com mais de 60 estudantes, professores e técnicos administrativos da UFGD e do IFMS realiza ações nas aldeias Jaguapiru e Bororó, em quatro eixos temáticos: agroecologia; interculturalidade, saúde e bem-estar; empreendedorismo e multimeios. O grupo já executou três mutirões de Saúde Preventiva levando os alunos de Medicina da UFGD para as aldeias; três encontros de formação de professores com o tema Agroecologia; implantação de hortas agroecológicas familiares e comunitárias e diversos outros cursos nas escolas e no Cras, o Centro de Referência em Assistência Social. Essa abordagem multidisciplinar foi construída a partir das reivindicações da própria comunidade da Reserva Indígena de Dourados, após seis meses de reuniões realizadas em 2022. 
 
Até o momento, o principal órgão financiador do projeto é o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania e os recursos são administrados via Funaepe, a Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão, em uma iniciativa que já conta com a parceria da  Prefeitura de Dourados, do IFMS, do Comad (o Conselho Municipal Antidrogas de Dourados) e tem o apoio de instituições como Rotary Club Caiuás, Conselho Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas e do Ministério Público Federal e de Mato Grosso do Sul. 

Para acompanhar as ações do projeto, acesse a página do Projeto Cuidar na internet, ou pela plataforma no Instagram 

 
Douranews



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