O Estado de Mato Grosso do Sul lidera o ranking dos estados com valor mais alto para emissão da 2a via da Carteira de Identidade no Brasil. Orçado em R$ 188,80, o custo equivale a mais de 14 % de um salário mínimo, hoje em R$ 1.320. Em segundo lugar, temos o Estado de Rondônia que cobra R$ 138,81 reais. Se compararmos com os outros estados, a diferença é gritante. Em Mato Grosso, que está na 6ª posição entre as taxas mais caras do Brasil, o custo é R$ 70,09. Já no Amazonas a emissão é gratuita e em outros 16 estados, a taxa não passa de R$ 50.
O valor cobrado nosso estado é exorbitante e precisa ser revisto, vez que, pensado e estabelecidos de forma insensivel em gabinetes com ar condicionado, ignora a realidade daqueles que, do empresário ao trabalhador, ainda se esforçam pela recuperação de suas situações passada a terrível pandemia do Coronavírus, que fechou portas do comércio em geral, eliminou vidas e empregos e aumentou o já vergonhoso índice de desempregados.
É inadmissível que o Estado tenha esse serviço fundamental como fonte de lucro e receita. Quando se fala em valor de impostos e taxas somos campeões disparados. É de se esperar que o Governador Eduardo Riedel, se sensibilize e reduza imediatamente essa taxa, que em 2014 era de cerca de R$ 75. Mesmo se esse valor de 8 anos atrás fosse cobrado hoje não seria considerado justo, tendo em vista que ainda ficaríamos entre os 6 mais caros do país e 63,43% acima da média nacional: em Minas Gerais - R$ 95,41, no Rio Grande do Sul - R$ 81,84, no Paraná - R$ 38,30, em Santa Catarina - R$ 44,79, no Mato Grosso - 70,09 e em Goias - R$ 34,83.
Cabe aos gênios do Governo do Estado responder à seguinte equação: à par da Carteira de Trabalho, o RG é fundamental na busca do emprego. Como um desempregado vai pagar quase 200 reais para ter acesso ao documento necessário para arrumar o emprego que levará o pão à mesa de sua familia????

redação voz dourados