Acusado de se apropriar de prêmio da Mega-Sena falta à audiência


Lotérica Zebrinha, onde aposta foi registrada (Foto: Campo Grande News)

Terminou sem acordo a primeira audiência na Justiça sobre a disputa pelo prêmio de R$ 27,9 milhões do concurso 2.500 da Mega-Sena sorteado no dia 13 de julho de 2022 e que teve como vencedora uma aposta feita em Dourados.

Mizael Ribeiro Quintas, 49, organizador do bolão vencedor, é acusado por quatro apostadores de se apropriar de boa parte do prêmio. O caso está em andamento na Justiça desde agosto do ano passado.

A audiência de conciliação, determinada pela juíza da 4ª Vara Cível Daniela Vieira Tardin, ocorreu no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania, no Fórum de Dourados, e foi conduzida pela conciliadora Nadir Vieira da Silva, mas não houve proposta de acordo.

Mizael não compareceu. Apenas o advogado dele, Edson Ricardo Portes, estava presente e informou que não haveria proposta de acordo.

O autor da ação é um comerciante de Dourados, de 53 anos de idade, que foi à audiência acompanhado de seu advogado, Alberi Rafael Dehn Ramos. Além desse comerciante, outros três participantes do bolão acusam Mizael de se apropriar de parte do prêmio.

Prêmio recorde

O caso foi revelado segunda-feira (10) pelo Campo Grande News. Esse foi o maior prêmio da Mega-Sena já pago a uma aposta feita em Dourados. Além dos R$ 27,4 milhões da faixa principal, a aposta de 7 números faturou também seis quinas, o que aumentou o total para R$ 27,9 mi.

Participante há vários anos do grupo das apostas organizadas por Mizael, o comerciante de 53 anos afirma que deveria receber pelo menos R$ 2,3 milhões, já que o bolão seria formado por 12 pessoas.

Entretanto, o organizador do bolão teria repassado apenas R$ 690 mil ao comerciante. No dia 1º de agosto, quase três semanas após o sorteio e sem conseguir receber o valor que esperava, o comerciante procurou a Polícia Civil e registrou boletim de ocorrência contra Mizael Quintas por apropriação indébita.

Segundo a história contada pelo comerciante à polícia, Mizael alegou que ele tinha direito apenas à meia cota do bolão e que eram 20 e não 12 os participantes. Até agora, todas as decisões da Justiça, tanto de primeira instância quanto do Tribunal de Justiça, foram contrárias ao sequestro das contas bancárias de Mizael.

Lotérica

Tanto o comerciante autor da ação quanto os outros três apostadores supostamente lesados afirmam que Mizael Ribeiro Quintas era funcionário da Lotérica Zebrinha, onde a aposta foi registrada.

Na segunda-feira à noite, representante da lotérica enviou e-mail ao Campo Grande News negando a informação e afirmando que Mizael era apenas cliente do estabelecimento. Na terça, o gerente da lotérica informou à reportagem que conversaria com advogado e enviaria nota oficial sobre o caso, o que não ocorreu até agora.

Mizael Quintas também foi procurado pelo Campo Grande News, disse que falaria com seus advogados para se manifestar, mas até agora permanece em silêncio.

 

Crédito: Campo Grande News



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