Caminhões Invadem Bairros em Dourados


Que a AGETRAN precisa (pagamos impostos para isso) “se virar nos 30” para cumprir sua função de disciplinar o transito na cidade todo mundo sabe e os números não mentem: acidentes, engarrafamentos, um caos total nos horários de pico e por aí vai. Se no centro da cidade a situação é crítica, nos bairros também há muitas situações que precisam da “mão” do órgão para evitar situações que causam transtornos aos moradores, perigo aos pedestres e motoristas e incômodo em geral.

Veja-se o caso dos caminhões. Sem eles nas ruas da cidade seria praticamente impossível o abastecimento de indústrias, empresas e comércios. Mas, muitas vezes, esses veículos de grande porte viram vilões, pois atrapalham o trânsito, incomodam moradores, pedestres e outros motoristas. Esse problema vem sendo comum em vários bairros da cidade. No Izidro Pedroso, por exemplo, já virou drama para os moradores. Onde as residências dividem espaços com empresas o problema é maior ainda.

Segundo moradores de diversos bairros visitados pela Voz da Comunidade, todos os dias há caminhão estacionado nos dois sentidos das ruas, situação que atrapalha a passagem de veículos e que pode causar diversos acidentes. "Eu entrei na rua e tinha uma carroceria estacionada na esquina, e a ponta bateu no vidro do passageiro do meu carro. Esta situação é preocupante para nós que andamos de carro e moto. Podemos acabar colidindo com os caminhões estacionados que estão atrapalhando as ruas”, explicou uma moradora que preferiu não se identificar.

Outro “efeito colateral” do tráfego de caminhões/veículos de carga nos bairros é o estrago que fazem no asfalto, que não é adequado para esse tipo de veículo. O asfalto vai afundando e as crateras surgindo, causando danos mecânicos aos veículos de passeio e obrigando os motoristas a malabarismos para desviar delas.

O Art. 5º. do decreto nº 472 de 28 de novembro de 2011 é claro: “Os veículos articulados de carga (reboque e semi-reboque) ou combinações de veículos de carga não poderão estacionar nas vias públicas municipais, sujeitando-se os infratores a notificação por estar em desacordo com a regulamentação municipal”. Achar um fiscal ou agente da Agetran em um bairro é jogar na loteria. Nunca estão lá, talvez mais preocupados em “canetar” os motoristas na área central.

Para problemas novos, exige-se dos prefeitos e dos órgãos da Prefeitura responsáveis pelo trânsito soluções novas. Em Vacaria (RS), Vinhedo (SP) e Lucas do Rio Verde (MT), cidades que vivem o mesmo problema, estuda-se a criação de áreas especificas para estacionamento, tanto para os caminhões “de fora”, que chegam às cidades para fazerem entregas, como para os pertencentes aos moradores dos bairros das três cidades. Uma medida que contemplaria a todos, já que os proprietários de caminhões que moram na cidade tem o direito de zelar pelo seu patrimônio e ganha-pão, estacionando-os em lugar seguro. E acabaria o transtorno verificado nos bairros como o Izidro Pedroso, citado no início da reportagem.

 

voz dourados.



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