Justiça mantém decisão que livra Fahd Jamil e o filho de júri popular em caso de homicídio


Ilson Martins Figueiredo foi executado em via pública de Campo Grande no dia 11 de junho de 2018 - Crédito: Fabiano Arruda/TV Morena

Após julgamento realizado nessa terça-feira (31/1) em Campo Grande, o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) confirmou por unanimidade decisão que livra Fahd Jamil, Jamil Name Filho, Marcelo Rios, de serem julgados em tribunal do júri popular. 

Eles são acusados de planejar e ordenar a execução de Ilson Martins Figueiredo, ocorrida no dia 11 de junho de 2018, na Avenida Guaicurus, em Campo Grande. Ilson era Gerente de Segurança e Polícia Legislativa da Assembleia. Ele foi morto após ser atingido por 45 disparos de fuzil. 


Investigações coordenadas por policiais do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), no âmbito da ‘Operação Omertà’, haviam apontado o envolvimento dos três indivíduos no crime de homicídio. 

O TJMS entendeu como “frágeis” os indícios apresentados que imputariam a Fahd, conhecido como "Rei da Fronteira", seu filho e Marcelo a autoria do crime. 

“[...] a meu ver tratam-se de testemunhos de 'ouvir dizer', os quais se enquadram no significado de indícios insuficientes de autoria ou participação, e que em verdade, traduz-se na ocorrência de fragilidade probatória, razão pela qual não há como ser acolhido o argumento da acusação”, diz trecho de voto do Desembargador, Ruy Celso Barbosa Florence.

Em seguida, o Desembargador finaliza dizendo que “não resta outra alternativa, nesta altura processual, que não acompanhar o voto do Relator para negar provimento ao recurso interposto pelo Ministério Público Estadual, mantendo a sentença de primeiro grau em todos os seus fundamentos”.

Os trechos da decisão foram retirados de documento no qual Dourados News teve acesso nesta quarta-feira (1/2).

Os advogados Gustavo Badaró e André Borges, que defendem Fahd Jamil, consideram justa a decisão da Justiça que livra os acusados de serem julgados em júri popular. 

“Judiciário estadual aplicou o direito de maneira técnica e imparcial; o resultado é justo”, comentaram os advogados de defesa.
 

douradosnews

Wender Carbonari



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