Prestes a tomar posse, a deputada estadual Lia Nogueira (PSDB) pretende ser combativa e lutar pelos direitos das mulheres como parlamentar na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul,  seguindo a mesma postura que tem tido na Câmara Municipal de Dourados.

A diferença é que nesse mandato tem como chefe do Executivo Estadual o seu colega partidário Eduardo Riedel (PSDB), sucessor de Reinaldo Azambuja, também do PSDB. Em Dourados, Lia iniciou o mandato, em 2020, como independente, mas acabou se tornando a principal oposição do prefeito Alan Guedes (PP), partido da senadora Tereza Cristina.

Como mulher, ao lado da deputada reeleita Mara Caseiro (PSDB), Lia vai continuar pautando projetos que defendam os direitos das mulheres e da família. “É fato que na política somos minoria, temos apenas duas na Assembleia Legislativa. A sociedade em si é patriarcal, inclusive, na Câmara de Dourados sofri muitas retaliações, ainda mais eu por ser uma mulher bocuda e que defendo o que acredito ser certo”, comentou Lia.

“Além disso, Mato Grosso do Sul é um dos Estados com maior índice de violência contra as mulheres. Como vereador fiz o projeto que implanta banco de empregos para mulheres vítimas de violência e quero trazer essa pauta para o Estado”. A proposta aprovada em Dourados incentiva a contratação de mulheres em situação de violência doméstica para reduzir eventual dependência financeira de seus companheiros.

Lia acredita que sua postura combativa foi um dos fatores que levou a ser eleita deputada e vista como um dos nomes para disputar a Prefeitura de Dourados em 2024. “Iniciei como uma postura de independência e me tornei principal oposição do prefeito, o que me colocou como pré-candidata a prefeita de Dourados”.

Ela sabe que a estrada é longa e pode concorrer com nomes fortes da política sul-mato-grossense, como o do deputado Zé Teixeira, e o deputado federal Geraldo Resende, ambos do PSDB, onde a primeira disputa deve ocorrer dentro do partido para definir quem será o candidato ao pleito municipal.

Presidência – Questionada sobre quem deve apoiar para a presidência da Assembleia Legislativa, Lia disse que ainda não definiu e até o fim de semana as tratativas devem tomar um desfecho, pois a eleição da mesa diretora será dia 1º de fevereiro.

Sobre a possibilidade de apoiar sua colega partidária, a deputada Mara Caseiro, que acredita ser o momento de uma mulher presidir a Casa de Leis, Lia Nogueira não descartou. “Ainda não nos falamos. Quem conversei foi o deputado Gerson Claro (PP) que esteve em Dourados e por telefone falei com deputado Paulo Corrêa (para assumir a vaga de primeiro-secretário)”.

Nesta quarta-feira (25), Eduardo Riedel convidou os deputados para um almoço de boas-vindas em Campo Grande e contará com a presença do ex-governador Reinaldo Azambuja.

Fonte: Roberta Cáceres/ Jornal Estado do Pantanal