Apesar de PT e PV discutirem federação, Zeca e Bluma mantém candidaturas a governador


Zeca do PT diz que mantém candidatura e até elenca prioridades, como valorizar o servidor, investir no social e na industrialização de MS (Foto: Arquivo)

Apesar de o PT e o PV discutirem a criação de federação junto com o PSB e PCdoB para apoiar a candidatura a presidente do petista Luiz Inácio Lula da Silva, os dois partidos mantêm candidaturas próprias a governador de Mato Grosso do Sul. O ex-governador Zeca do PT cogita se candidatar pela 4ª vez, enquanto o ex-vereador Marcelo Bluma (PV) continua disputa a concorrer a sucessão de Reinaldo Azambuja (PSDB) pela segunda vez.

Caso a federação se confirme, os dois partidos vão estar coligados pela primeira vez e apoiar um único candidato a governador. Pela nova regra, a união deve durar quatro anos e as duas siglas devem marchar juntas em todas as iniciativas, inclusive nas eleições municipais de 2024.

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“O concreto é que sou candidato e vou ganhar o Governo do Estado, como Lula vai ser Presidente do Brasil”, reafirmou Zeca. No entanto, o petista admite que a manutenção da candidatura está condicionada ao plano nacional, que tem como principal objetivo derrotar o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).

Bluma também mantém a disposição de disputar o Governo do Estado e vem articulando para construir uma chapa de candidatos a deputado estadual e federal. No entanto, caso a federação tenha êxito, ele sabe que não só deve apoiar outro candidato ao Governo, como vai reduzir o número de concorrentes na proporcional.

O presidente regional do PV explicou que a formação da federação esbarra em questões administrativas e regionais. Alguns integrantes do PV são contra a aliança com o PT. “A federação une nacionalmente e isso vale para os estados e municípios durante quatro anos, que exige uma organização muito fina e um debate muito fino”, pontua. “O maior partido da federação engole o restante”, analisou.

Governador do Estado por dois mandatos, entre 1999-2006, Zeca faz um contraponto com Reinaldo na política do funcionalismo público estadual. O tucano só concedeu reajuste para os servidores públicos em três dos oito anos de mandato. O petista diz que vai “valorizar o servidor público de carreira, definindo como prioridade a nomeação destes para cargos em comissão”.

Com o aumento da miséria em decorrência da pandemia e da inflação, o petista também quer priorizar o investimento no combate à pobreza. Ele quer “investir fortemente na inclusão social, protegendo os mais pobres, com programas sociais e a construção de restaurante popular em todas as regiões do Estado”. O restaurante popular de Campo Grande foi fechado na gestão de André Puccinelli (MDB).

Outra meta de Zeca é “retomar o processo de industrialização que iniciamos em nosso segundo mandato”. Ele explicou que o objetivo é diversificar as atividades e priorizar outras regiões. Atualmente, o processo estaria muito concentrado nas grandes cidades e na região leste.

Outro que voltou a destacar que é candidato a governador nas eleições deste ano foi o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD). De acordo com o Correio do Estado, ele reafirmou que no dia 2 de abril vai entregar a carta de renúncia ao mandato de prefeito para disputar o Governo do Estado.

Aliás, o cenário nacional pode mudar a disputa local. Lula sonha em contar com o apoio do PSD, comandado pelo ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. A aliança poderá levar o PT a retirar a candidatura de Zeca e optar pela de Marquinhos na disputa do Governo. O mesmo movimento pode ocorrer em Minas Gerais, com o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), contando com o apoio do PT para disputar o cargo de governador.

Além dos três, o secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel (PSDB), e o ex-governador André Puccinelli (MDB) tem intensificado as atividades para reforçar que são candidatos à sucessão estadual.

 

O JACARÉ.

Marquinhos ressaltou hoje que já disse 55 vezes que será candidato a governador neste ano (Foto: Bruno Henrique/Correio do Estado)


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