Mato Grosso do Sul pode eleger a maior bancada feminina da história na eleição de 2026

INVESTIGA MS WENDELL REIS


 

Mulheres são favoritas para o posto de campeãs de votos nos principais partidos  em MS

A eleição de 2026 em Mato Grosso do Sul pode ser um feito histórico para participação das mulheres na decisão política no Estado. A pouco mais de um ano da eleição, o cenário que se desenha é de um investimento grande nas campanhas femininas, com mulheres na liderança das chapas dos maiores partidos do Estado.

 

No PT, Camila Jara deve ter o maior investimento para a campanha. Ela será beneficiada diretamente com uma possível candidatura do deputado federal Vander Loubet (PT) ao Senado. Sem Vander, ela se torna a “01” do partido, com mais recurso e mais possibilidade de vitória, também condicionada pela vantagem do mandato. 

 

Na federação União Progressista, que será formada pela aliança entre União Brasil e Partido Progressista, a maior aposta até o momento para liderança dos votos é a ex-deputada federal Rose Modesto.

 

 A ex-vice-governadora sempre se destacou pela liderança de votos nas eleições que participou e a aposta do partido é de um crescimento, principalmente em Campo Grande, onde disputou a última eleição e um segundo turno, novamente. 

 

No Partido Liberal (PL), a deputada Mara Caseiro, hoje no PSDB, tem tudo para ser a “01” na disputa por uma das oito vagas na Câmara Federal. Ela pode ser beneficiada pela saída de Marcos Pollon (PL), campeão de voto na última eleição para deputado federal. Ele anunciou que pretende concorrer a governador e a esposa, Naiane Bitencourt, pode disputar uma das vagas na Câmara.

 

História

 

O possível sucesso pode render um feito histórico em Mato Grosso do Sul, onde apenas cinco mulheres foram eleitas para uma das oito vagas na Câmara Federal. Neste período, Mato Grosso do Sul sempre teve no máximo uma mulher entre as oito vagas abertas.

 

A primeira a conquistar uma vaga na Câmara foi Marilu Guimarães, em 1990. Depois, Marisa Serrano passou a representar as mulheres em Brasília, período que o Estado teve duas mulheres federais. O Estado voltou a ter uma mulher eleita para Câmara em 2014, com a vitória de Tereza Cristina. 

 

Depois, foi a vez de Rose Modesto, em 2018, ser a única mulher eleita em Brasília. Bia Cavassa, então suplente, acabou conquistando a vaga aberta com a licença de Geraldo Resende. Depois, Rose disputou o Governo em 2022 e Camila Jara (PT) ficou com a única cadeira para mulheres entre as oito de MS na Câmara. 

 

As mulheres são maioria na representação no Senado no momento, com Tereza Cristina (PP) e Soraya Thronicke (Podemos). Tereza tem mandato até 2030. Soraya tentará a reeleição. Além disso, Mato Grosso do Sul pode ter outra mulher, que também foi senadora, na disputa. Simone Tebet (MDB), que não concorreu à reeleição em 2022, pode voltar a disputar o Senado no próximo ano em Mato Grosso do Sul.  

 

 



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