Famílias atípicas questionam decreto de inclusão e ganham apoio de Lia Nogueira

ASSESSORIA


Debate na Assembleia expõe preocupação com o futuro da educação inclusiva e reforça a luta por políticas que respeitem as diferenças


O debate sobre o Decreto Federal nº 12.686, que altera a Política Nacional de Educação Especial e determina que o atendimento educacional especializado ocorra apenas no contraturno escolar, ganhou força na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.


A presidente da Associação PRODTEA, Naína Dibo, usou a tribuna para alertar sobre os impactos da medida e pedir o apoio dos parlamentares na defesa das famílias atípicas.


Ela destacou que muitas instituições e escolas não têm estrutura para absorver os alunos com deficiência, conforme prevê o decreto. “Incluir não é apenas colocar todos na mesma sala. É garantir estrutura, professores preparados e respeito às necessidades de cada aluno”, afirmou.


Sensível à causa, a deputada estadual Lia Nogueira (PSDB), que também é mãe atípica, reforçou o apelo das famílias e defendeu que o tema seja tratado com responsabilidade e sensibilidade. “Queremos avançar na inclusão, mas é preciso reconhecer as limitações que ainda existem.


Há escolas sem estrutura, professores sem capacitação adequada e municípios sem profissionais especializados. Falar em inclusão sem garantir essas condições é, na verdade, continuar excluindo”, declarou.


Para Lia, o debate sobre a inclusão precisa ir além das diferenças partidárias e se transformar em um movimento coletivo em defesa das famílias.


“Essa pauta não é de governo nem de oposição, é uma pauta humana. Cada criança atípica precisa ser enxergada em sua individualidade, e cada mãe precisa sentir que o Estado está ao lado dela”, completou.


A parlamentar afirmou que seguirá em diálogo com entidades, especialistas e famílias para buscar caminhos que garantam inclusão de fato, com estrutura, empatia e compromisso social.



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