O diretório regional do PT em Mato Grosso do Sul confirmou nesta quarta (6) que deverá emitir na segunda-feira (11) um comunicado oficial, após encontro que está sendo preparado pelo presidente Vander Loubet com o Governo do Estado, para entregar os 25 cargos que ocupa atualmente na estrutura administrativa do Estado, na Agraer, Secretaria de Cultura e subsecretarias, após o apoio declarado à candidatura de Eduardo Riedel no segundo turno das eleições de 2022, na disputa com o então deputado Eduardo Contar.

Essa tese, de saída do Governo, aliás, já vem sendo defendida desde o ano passado pela deputada douradense Gleice Jane. Segundo ela, já passou da hora de o PT fazer esse debate. "Continuar nesse Governo não é saudável para a democracia, e para o País. Porque não é primeira vez que o Governo Riedel se manifesta dessa forma, mais que urgente que o Partido dos Trabalhadores tome essa decisão", ,manifestou ela na sessão desta quarta na Assembleia, depois que o governador postos, nas redes sociais, apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

 
"Bolsonaro está sendo condenado em prisão domiciliar para garantir que as investigações sejam feitas. Também me admirei com o movimento de domingo em que a bandeira americana esteve acima da brasileira, não podemos ser um país subserviente, temos que ter muita seriedade nesse processo”, ressaltou a parlamentar.

Vander, eleito este ano para presidir o PT no Estado, era um dos mais fervorosos defensores do apoio a Riedel até então. Agora justifica que o partido fechou apoio ao governador, em 2022, "por considerar que ele representava uma centro-direita sensata e democrática. Foi um acordo de ambos os lados. Porém, as recentes declarações e notas oficiais do governador com mensagens que identificam fidelidade ao extremismo de direita – como os ataques ao STF, a defesa cega de Jair Bolsonaro e o apoio à chantagem retaliatória do Donald Trump – torna difícil a manutenção desse acordo'.

"Entramos no governo estadual pela porta da frente e se tivermos que sair também será pela porta da frente, algo que acontece quando as diferenças se tornam inconciliáveis”, justificou Vander Loubet, que certamente ainda vai tentar adiar essa decisão, já que o governador Eduardo Riedel deve permanece na Ásia até o final da semana que vem, em busca de novos parceiros para fazer frente à crise financeira que se estabelece também na gestão tucana de Mato Grosso do Sul.