Para agilizar as investigações de violência doméstica e os boletins de ocorrência represados, portaria publicada nesta terça-feira (8) pela Sejusp, a Secretaria de Estado e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, cria um grupo de trabalho semelhante ao já implantado em Campo Grande agora também para Dourados.

“Isso foi resultado da manifestação que fizemos dias atrás sobre os boletins de ocorrências represados em Dourados. A portaria publicada pela Sejusp, por meio da Diretoria Geral do Polícia, criou um grupo de trabalho que estará trabalhando nos boletins de ocorrências como já ocorre aqui em Campo Grande”, informou o deputado Caravina (PSDB).

 
Caravina ainda relatou durante a sessão ordinária da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), realizada nesta quarta-feira (9) a necessidade de abordar o assunto. “Estávamos certos em relação a quantidade de boletins represadas. Diante da nossa manifestação, foi aberto um grupo de trabalho, e tomara que essa força-tarefa consiga avançar e agilizar nos procedimentos, e evitar que tragédias aconteçam com as nossas mulheres”, concluiu.

Lia Nogueira (PSDB) ressaltou o compromisso do Parlamento Estadual com as mulheres. “Primeiro quero destacar a fala anterior do deputado Caravina, o nosso delegado, e dizer que esse grupo de trabalho que foi instituído agora, por meio de uma portaria da Sejusp, também demonstra a seriedade e compromisso desse Parlamento com as mulheres sul-mato-grossenses”, frisou.

“Vossa excelência trouxe essa temática aqui oportuna, necessária, falando dessa problemática das mulheres douradenses que estão hoje vivendo esse cenário de violência que, infelizmente, é um cenário em Mato Grosso do Sul, mas a preocupação maior era com esses boletins de ocorrência represados que estavam parados, com investigações praticamente todas paralisadas”, ressaltou a deputada Lia Nogueira.

A parlamentar fez um apelo à Sejusp para o atendimento de uma solicitação feita desde que ela tomou posse:

“Quero reforçar aqui também uma colocação nossa, desde o meu primeiro ano é necessário que as delegacias especializadas de atendimento às mulheres atuem por 24h nas cidades do interior. Que a sensibilidade que o nosso secretário teve, tenha em ouvir essa deputada, representante também da bancada de Dourados, precisamos lá em Dourados, principalmente, é a segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul. A violência contra as mulheres não tem horário, mas estatísticas apontam que acontecem mais a noite e de madrugada, e as mulheres douradenses não tem esse acolhimento e amparo”, desabafou Lia Nogueira.