Pastor é denunciado por estelionato após falsas promessas de cura milagrosa

ASSESSORIA


O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) denunciou um pastor por estelionato, apontando que ele utilizava falsas promessas de cura milagrosa para explorar financeiramente fiéis em situação de vulnerabilidade. A denúncia, apresentada pelo Promotor de Justiça João Linhares, destaca que o acusado se passava por detentor de poderes sobrenaturais, oferecendo supostos tratamentos que nunca se concretizavam.

A ação do Ministério Público ganhou repercussão nacional, sendo reconhecida como um esforço para proteger os cidadãos de práticas enganosas que ferem a confiança e a dignidade das vítimas.

Caso de Dourados foi o ponto de partida

O caso que motivou a denúncia ocorreu em 2016, em Dourados, quando uma moradora procurou o pastor para tratar uma mancha na perna. Após pagar R$ 1.680, valor que incluía despesas de viagem e atendimento, ela não obteve o resultado prometido e teve suas tentativas de contato ignoradas.

"Trata-se de imputado que habitualmente manipula vítimas, passando-se por detentor de poderes sobrenaturais para empreender curas milagrosas", afirmou o Promotor de Justiça na denúncia.

Além da exploração financeira, o pastor utilizava a fé como ferramenta de manipulação emocional, especialmente em pessoas em momentos de fragilidade. Em vídeos antigos, ele fazia promessas extraordinárias, como o crescimento imediato de dentes, a reconstrução de seios e a restauração da visão de cegos.

O juiz Marcelo de Silva Cassavara, da 1ª Vara Criminal de Dourados, aceitou a denúncia e estabeleceu um prazo de 10 dias para que a defesa do acusado se manifeste.

Como denunciar casos similares

O MPMS reforça que cidadãos lesados por práticas semelhantes podem procurar as Promotorias de Justiça em todo o Estado. O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, das 12h às 19h.

A Ouvidoria do MPMS também está disponível pelos telefones 127 e 0800-999-2030. Denúncias presenciais podem ser feitas na sede do órgão, localizada na Avenida Ricardo Brandão, 232, Itanhangá Park, em Campo Grande.

O caso serve de alerta para a importância de denunciar crimes que se aproveitam da fé e da vulnerabilidade das pessoas.



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