Juiz decreta prisão de policial penal da PED flagrado com drogas

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Mauro Pereira dos Santos no momento em que foi preso com droga (Foto: Dourados Informa)

O juiz Luiz Alberto de Moura Filho decretou a prisão preventiva do policial penal Mauro Pereira dos Santos, 57, flagrado com 789 gramas de maconha e meio quilo de cocaína na tarde de sexta-feira (12), na MS-156, município de Itaporã.

Investigado há seis meses por suspeita de fornecer drogas a presos, Mauro está lotado atualmente na PED (Penitenciária Estadual de Dourados), onde já ocupou cargo de diretor-adjunto.

A prisão foi feita por policiais militares da Ficco/MS (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso do Sul) no momento em que o policial penal seguia para sua casa, em assentamento rural no município de Rio Brilhante.

Parado na estrada, Mauro se identificou como policial penal. Durante revista na caminhonete, os PMs encontraram os dois pacotes de drogas no compartimento atrás do banco traseiro. Na carteira dele, foram encontrados R$ 447,00 em espécie.

O policial penal se manteve em silêncio tanto no momento da prisão quanto na Delegacia da Polícia Federal em Dourados, onde foi autuado em flagrante por tráfico de drogas pelo delegado Ricardo Viana de Sousa.

Na decisão após audiência de custódia, o juiz citou como agravante a fato de Mauro ser policial penal, “o qual tem o dever de observar e agir em conformidade com a lei”.

“Resta evidente a necessidade de garantir a ordem pública através da prisão preventiva, porquanto em tese praticou crime equiparado a hediondo, envolvendo duas substâncias entorpecentes distintas, uma delas de alto poder lesivo (cocaína), a demonstrar a gravidade do delito em questão”, afirmou o magistrado.

Luiz Alberto de Moura Filho citou ainda que Mauro Pereira dos Santos já cumpriu pena por violação de domicílio e determinou a quebra de sigilo do celular apreendido com ele.

A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) informou ainda no sábado que integra a Ficco (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado) e acompanha o caso por meio de sua Corregedoria e pela Gerência de Inteligência.



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