Crise financeira do Corinthians se agrava com atraso de salários e perda de patrocínio

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Foto: Marcello Zambrana/AGIF

O Corinthians enfrentou mais um revés financeiro nesta sexta-feira, ao atrasar o pagamento dos salários dos funcionários referentes ao mês de maio. Os salários, que deveriam ter sido depositados até o quinto dia útil do mês, não foram pagos devido a "questões operacionais imprevistas". Em comunicado interno, o clube prometeu regularizar os pagamentos até o dia 10 de junho de 2024.

A diretoria do Corinthians justificou o atraso citando problemas de fluxo de caixa, o que foi confirmado em um comunicado oficial. No e-mail enviado aos funcionários, o clube pediu desculpas pelo transtorno e garantiu estar trabalhando diligentemente para resolver a situação:

"Gostaríamos de informar que, devido a questões operacionais imprevistas, o pagamento referente ao mês de maio sofreu um atraso. Estamos trabalhando diligentemente para resolver esta situação para garantir que todos os pagamentos sejam processados o mais rápido possível. Esperamos que a regularização ocorra até o dia 10/06/2024. Pedimos desculpas pelo transtorno causado e agradecemos pela compreensão e paciência."

Além dos funcionários, os jogadores também estão enfrentando atrasos nos pagamentos dos direitos de imagem, com alguns casos excedendo dois meses de atraso. A situação financeira do clube já vinha se deteriorando, e a recente perda do patrocínio máster com a VaideBet, anunciada pela manhã, agravou ainda mais a crise.

A VaideBet rescindiu unilateralmente o contrato de patrocínio, que previa o pagamento de R$ 370 milhões até o fim de 2026, após a abertura de uma investigação policial sobre um possível repasse de comissão para uma empresa suspeita. A rescisão foi baseada na cláusula anticorrupção do contrato, e agora o clube corre o risco de perder cerca de R$ 30 milhões referentes à multa de rescisão, caso a VaideBet se negue a indenizar o clube.

O presidente do Corinthians, Augusto Melo, ainda não se pronunciou oficialmente sobre os atrasos de pagamento ou a rescisão do patrocínio. Em um evento na prefeitura de São Paulo nesta tarde, ele evitou falar com a imprensa.

A perda do patrocínio com a VaideBet, que contribuía com R$ 10 milhões mensais, foi um golpe significativo para a saúde financeira do clube. O contrato era crucial para a projeção de receita do Corinthians, que esperava dobrar suas receitas com patrocínios em 2024, estimando um faturamento de R$ 263,2 milhões.

A crise financeira do Corinthians, evidenciada pelos atrasos de pagamento e a perda de patrocínio, expõe as dificuldades de gestão enfrentadas pelo clube e coloca em risco a estabilidade e o desempenho da equipe dentro e fora de campo.



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