Quatro brasileiros estão entre os mortos em confronto com a polícia na fronteira


Armamento apreendido durante a operação; Foto: Senad

Autoridades policiais do Paraguai divulgaram nesta quarta-feira (20/12), a lista dos nove mortos em confronto com agentes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) durante a operação Ignis, deflagrada na terça (19/12), com apoio da PF (Polícia Federal) – lembre aqui.

Entre os criminosos mortos estão quatro brasileiros, mas apenas um foi identificado até o momento, e trata-se de Alexandre Diamantino de Oliveira. Os outros cinco são: Timoteo Leguizamon Báez, Elvio Ramón Vera Rivarola, Adalberto Leguizamon Báez Rodi, Ramón Espinola Amarilla e Hugo Velazco, todos de nacionalidade paraguaia.

A identificação é feita pela Direção Geral de Investigação Criminal da Polícia Nacional.

Durante a operação que mirou a quadrilha comandada por ‘Macho’, foram apreendidos alguns fuzis que tinham a inscrição “IAS”. Segundo a Secretaria Nacional Antidrogas, o armamento foi importado pela empresa investigada no âmbito da operação Dakovo desenvolvida há semanas.

Carteis mexicanos

A Polícia Federal informou que a organização criminoso alvo da operação dessa terça-feira era ‘inspirada’ em carteis mexicanos. Na ação, nove pessoas morreram e outras dez foram presas.

Importante mencionar que a ação policial aconteceu na cidade paraguaia de Salto Del Guairá, na fronteira com o município sul-mato-grossense de Mundo Novo.

Durante a ação dos agentes dos dois países, um dos líderes de uma violenta organização criminosa que exercia domínio na região de fronteira por meio do tráfico de drogas e de armas, foi preso. Trata-se de Ricardo Luís Picolotto, mais conhecido como ‘R7’.

O brasileiro é apontado como sócio de Santiago Acosta Riveros, conhecido como ‘Macho’, considerado o líder da organização. Além disso, ele também é apontado como um dos grandes fornecedores de armas e drogas para criminosos que atuam no Rio de Janeiro, seu grupo operava grandes esquemas de tráfico internacional que tinham como destino o Brasil.

A organização criminosa desarticulada também se caracterizava por ações de extrema violência contra facções rivais e contra policiais e militares das Forças Armadas, tanto brasileiras quanto paraguaias.

‘Macho’ é procurado pela Justiça Federal pelo envolvimento no homicídio de um militar do exército brasileiro em 2020. Ele resistiu a uma abordagem realizada por militares brasileiros a uma das embarcações do grupo, que navegava no Rio Paraná carregada com mais de meia tonelada de maconha.

Por esse motivo, seu nome está na Difusão Vermelha da Interpol.

Arsenal bélico

O que também chamou a atenção durante a operação, foi o arsenal bélico encontrado com o grupo, em uma área rural na zona de Salto del Guairá, no Paraguai, próximo à fronteira brasileira.

Fuzis, grande quantidade de munição e uma metralhadora antiaérea foram apreendidos na ação, que segue sendo realizada na região de fronteira, com a destruição de pistas clandestinas de pouso utilizadas para envio de cocaína e armas ao Brasil.

 

assessoria



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