CEO da UCP busca mobilizar Itaipu em projeto

Carlos Bernardo mantém contatos com autoridades de Brasília


Carlos Bernardo, com o presidente da Itaipu Binacional - (Foto: Divulgação)

As universidades têm se transformado em grande centro de movimentação econômica da fronteira do Brasil com o Paraguai. Milhares de estudantes do curso de medicina são atraídos por mensalidades de preço justo e melhores estruturas dessas faculdades, e já surge, diante desse significativo crescimento de um novo polo de ensino profissional, a necessidade de construção de uma unidade hospitalar capaz de abrigar residentes dos cursos e oferecer o atendimento personalizado na região de fronteira.

A UCP (Universidade Central do Paraguai), baseada em Pedro Juan Caballero e com unidade na Ciudad Del Este, lidera essa movimentação por meio do criador do curso de Medicina da universidade, Carlos Bernardo, que desde o começo deste ano, principalmente, tem realizado várias incursões no sentido de buscar parcerias com a intenção tornar realidade o Hospital Binacional, na fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero. 

O polo universitário de Pedro Juan Caballero já soma várias universidades e 90% dos universitários cursam medicina, sendo que 98% deles são brasileiros. O hospital Binacional visa atender a população dos dois países. Uma ideia que Carlos Bernardo diz ser o inventor está se tornando realidade, diante de um mercado de ensino que faz girar em torno de 10 milhões de dólares.

 
Ao participar, no último dia 18 do mês passado, do lançamento do programa “Itaipu Mais que Energia”, em Foz do Iguaçu, Bernardo aproveitou para tratar do assunto com o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Énio Verri, que recepcionou mais de mil pessoas, incluindo cerca de 300 prefeitos e representantes de municípios que serão contemplados com o repasse de R$ 931,5 milhões entre os 399 municípios do Paraná e mais 35 do Mato Grosso do Sul, num total de 434 municípios, beneficiando 11 milhões de pessoas em 200 mil quilômetros quadrados de área territorial brasileira.

Referência

O CEO da UCP teve oportunidade de explicar ao presidente da Itaipu que um hospital Binacional poderia funcionar como hospital-escola para os milhares de estudantes universitários que cursam medicina em Pedro Juan Caballero e outras cidades paraguaias que encontram dificuldades quando precisam fazer internato e residência médica. A medida também iria tornar Ponta Porã e Pedro Juan Caballero uma referência no tratamento médico em toda a região.

Milhares de estudantes estão procurando as universidades paraguaias para conseguirem realizar o sonho de cursar medicina. Só a UCP, por exemplo, emprega 750 pessoas. Com cursos presenciais e a distância, a faculdade atende estudantes brasileiros, paraguaios, argentinos, africanos e de todo o planeta, conforme citou Carlos Bernardo.

Neste mês, o criador do curso de Medicina na UCP está participando, em Brasília, de reuniões para debater parcerias e assim colocar em prática a ideia da construção do Hospital Binacional, visando contemplar pessoas na faixa de fronteira entre o Paraguai e o Brasil, assim como já ocorre com a unidade hospitalar existente na região de Foz do Iguaçu e Ciudad Del Este, construída na década de 1970 para atender os trabalhadores da construção da hidrelétrica de Itaipu e seus familiares, hoje integrando o SUS (Sistema Único de Saúde) com assistência de pronto-atendimento e atendimento hospitalar de alta complexidade para brasileiros e paraguaios.

 

 Douranews



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