Senad confisca mais 12 fazendas de Jarvis Pavão na fronteira com MS


Uma das propriedades do Clã Pavão confiscadas hoje (Foto: Divulgação)

Pelo segundo dia consecutivo, agentes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai fizeram buscas no âmbito da Operação Pavo Real, deflagrada ontem contra a organização criminosa comandada pelo narcotraficante sul-mato-grossense Jarvis Gimenes Pavão, conhecido como “Barão das Drogas”.

Mais 12 mandados foram cumpridos nesta terça-feira (11) em propriedades rurais e residências dos 41 cidadãos paraguaios investigados por integrar a rede responsável pela lavagem do dinheiro e ocultação de patrimônio obtidos em quase 30 anos de atuação da quadrilha.

As buscas ocorreram nos departamentos de Concepción e Amambay, que fazem fronteira com Mato Grosso do Sul. Promotores de Justiça e agentes da Senabico (Secretaria Nacional de Administração de Bens Apreendidos e Perdidos) acompanharam o trabalho

A secretaria é o órgão do governo paraguaio responsável pela administração de patrimônios confiscados do crime organizado. Nesta operação, bens imóveis avaliados em 150 milhões de dólares foram sequestrados.

Conforme a imprensa paraguaia, nesta terça-feira os mandados foram cumpridos nas fazendas Cristo Rey, Ramonita Pavão, Villa Roma, Negla Poty, Pindura, Corralito, Confinamiento, Salmo 23, Iglesinha, Jaragua, Maria Cristina e Jandira. Todas foram confiscadas pelo governo.

Dos 32 investigados com prisão decretada na fase paraguaia da Operação Pavo Real, 12 foram presos ontem. Entre eles está o advogado Daniel Montenegro Menezes, 51, de Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã (MS). Ele é marido da promotora de Justiça paraguaia Katia Uemura Montenegro. Em nota divulgada ontem, ela afirmou desconhecer as denúncias contra seu marido e negou envolvimento com o narcotráfico.

Outro preso importante no primeiro dia da operação é o operador financeiro é Carlos Andrés Oleñik Memel, 44, representante legal de várias empresas utilizadas pelo Clã Pavão para lavagem de dinheiro. Seis pessoas ganharam prisão domiciliar oito permanecem presos, entre eles Daniel Montenegro.

Entre os investigados por associação com o narcotraficante pontaporanense estão pessoas ligadas ao Partido Colorado, legenda do ex-presidente Horacio Cartes, do atual presidente Mario Abdo Benítez e do presidente eleito Santiago Peña, que toma posse em agosto.

 

Crédito: Campo Grande News



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