Vander pavimenta caminhos de MS em Brasília

Coordenador da bancada cita sincronismo Lula e Riedel


Vander traduz anseios do Estado junto à bancada - (Foto: Divulgação)

Animadoras perspectivas para o País vêm sendo traçadas pela equipe ministerial que trabalha para implementar as medidas do governo Lula. Neste cenário que está sendo construído, todos os estados são contemplados, mas alguns, a exemplo de Mato Grosso do Sul, terão atenções diferenciadas.

"Reconhecidos fatores de impulso econômico fazem com que Mato Grosso do Sul se sobressaia diante dos olhares especializados de técnicos e agentes políticos da base governista", assinala o deputado federal Vander Loubet (PT/MS), que coordena a bancada do Estado no Congresso Nacional.

Ainda sob reservas, os técnicos ministeriais elaboram um conjunto de programas e ações focalizando, em primeiro plano, o combate à fome e ao desemprego, a recuperação dos salários e do poder de compra, o controle fiscal e financeiro, a guerra à corrupção, os investimentos em infraestrutura e a capacitação dos principais indutores do desenvolvimento. Neste capítulo está incluída a importância especial do potencial sul-mato-grossense.

 
Para Vander Loubet, um outro item de especial significado para quem avalia as capacidades regionais do País é a Rota Bioceânica, que tem duas alternativas no Estado para consolidar o Brasil na rota do Oceano Pacífico: as saídas rodo fluviais e ferroviárias de Porto Murtinho e Corumbá.

Um dos vice-presidentes da Frente do Brics, colegiado criado este ano com a atribuição de fazer prospecções, contatos e estudos de investimentos e projetos envolvendo o bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, Vander considera essas ações fundamentadas nas políticas públicas de comércio e relações exteriores do governo brasileiro.

Segundo Loubet, o potencial do agronegócio, as abundantes riquezas naturais, as reservas ecoturísticas e ainda o convincente arco de opções de escoamento e de logística, com ênfase nas soluções intermodais (hidrovia, rodovia e ferrovia), são poderosas habilitações estaduais. "Influenciar nos principais capítulos das políticas econômicas e de inclusão social é um dos maiores ganhos, não só para o Estado, mas sobretudo para todo o território nacional", pontua o parlamentar.

Única liderança política do Estado a integrar a comitiva do presidente Lula na China, Loubet destaca os avanços "sem precedentes" que resultaram desta viagem. Só em acordos bilaterais concretizados, os investimentos são de R$ 50 bilhões. Com esta planilha de recursos, o governo brasileiro poderá avançar em projetos nas áreas de energia renovável, saúde, infraestrutura, indústria automotiva, agronegócio, crédito verde e tecnologia da informação.
 

Empoderamento

Loubet chama a atenção para a sincronização de objetivos na formulação de programas de gestão dos governos de Lula e do tucano Eduardo Riedel, chefe do Executivo sul-mato-grossense. Reporta-se à agenda de governança "Ano 1 de Um Novo Ciclo", lançada por Riedel esta semana no auditório da Universidade Estadual, em Campo Grande
 
"Riedel definiu o planejamento estratégico de ações gerais e pontuais, com metas e conceitos semelhantes às projeções programáticas de Lula", frisa o deputado. Para exemplificar, cita as preocupações dos governantes com a justiça tributária, a inclusão social, o desenvolvimento sustentado e a potencialização da economia, com o incentivo à geração de empregos e ao fortalecimento da livre iniciativa nas grandes e pequenas economias.

Outro vetor que Loubet considera de fundamental estímulo à evolução social e econômica nas intervenções compartilhadas entre a União e o Estado é a integração com a América Latina, por meio de caminhos mais curtos e menos onerosos. "Temos duas vias para encurtar o acesso brasileiro aos grandes mercados, como os da Ásia. Um é a Rota Bioceânica, que já está sendo construída, a partir de Porto Murtinho e do Paraguai. Outro, está na ligação entre Corumbá e a Bolívia".

O deputado diz que as duas saídas civilizam os custos de transporte e tornam o Brasil efetivamente competitivo para alcançar o Oceano Pacífico e chegar aos maiores mercados consumidores.  "Vale constar que o Estado tem todos os terminais existentes para escoamento comercial e intercâmbio social e cultural: rodovia, hidrovia e a ferrovia", observa. 

Além da antiga Noroeste do Brasil (NOB), que vai de Bauru (SP) e de Três Lagoas (MS) à Bolívia, a ser revitalizada, e da Ferronorte, que sai de São Paulo, passa por Aparecida do Taboado e vai até Mato Grosso, há um outro macroprojeto ferroviário a ser concretizado pelo governo Lula. É a construção de uma via férrea entre regiões produtoras de Mato Grosso do Sul e do Paraná, cujos trâmites começaram a ser destravados.

Valor agregado

Com a descrição destes cenários, e diante dos elementos concretos que os sustentam, não resta dúvida que o governo Lula propiciará, além de avanços sociais e econômicos, um robusto ganho político para o Estado, assim como para os aliados do presidente. Embora reconheça este desdobramento e o avalie como consequência natural, Loubet é categórico ao ressalvar que as conquistas de Mato Grosso do Sul junto a Lula ou Riedel são fruto de um entendimento coletivo, que põe o interesse público acima dos interesses partidários ou ideológicos.

Ele menciona a composição da bancada que coordena. "Somos oito deputados federais e três senadores. Tem gente do PT, do PL, do PP, da esquerda, da direita, do centro. E todos se somam para garantir benefícios ao Estado. É este o viés pelo qual me guio", enfatiza Vander. Entre as forças elencadas na base de apoio ao Planalto, além do PT de Vander Loubet e do ex-governador Zeca, figuram o PSDB de Eduardo Riedel e o União Brasil, que tem seu comando regional sob disputa entre a senadora Soraya Thronicke e a ex-deputada Rose Modesto.

 

assessoria.



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