Concluída transição, futuro vice detalha novo Governo

Barbosinha projeta 'Estado mais operacional" com Riedel


O deputado estadual Barbosinha (PP), vice-governador eleito de Mato Grosso do Sul para auxiliar o futuro governador Eduardo Riedel (PSDB) no período de janeiro de 2023 a dezembro de 2026, projetou, no final de semana, em Dourados, que o novo organograma do Governo, sugerido por Riedel durante os trabalhos da Equipe de Transição, visam “tornar o estado mais operacional”, sem criar mais grandes despesas.  Barbosinha coordenou os trabalhos e disse que são mantidas 11 secretarias, com uma estrutura das secretarias executivas e citou, como exemplo, a criação da Diretoria de Governança e Gestão Hospitalar, visando acelerar o programa de descentralização na Saúde. “O modelo municipalista é vitorioso, essas parcerias vão continuar, aprimorando os contratos de gestão para ajudar a melhorar a performance do Estado”, anunciou.

Entrevistado sábado (10) passado no programa Espaço Aberto da rádio Grande FM, em Dourados, o futuro vice falou sobre o encerramento dos trabalhos na Comissão de Transição que chefiou com as equipes indicadas por Riedel e pelo atual governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e do mandato parlamentar que continua cumprindo até o final deste ano. “Exercemos jornada dupla, de muito trabalho, na Transição e concluindo mandato, e a partir desta semana iniciamos uma maratona de votações, na Assembleia, com o encaminhamento dos projetos de interesse do novo Governo que deverão ser todos apreciados até o dia 22, conforme acordo firmado com o presidente Paulo Corrêa (PSDB)”, relatou o parlamentar douradense.

Barbosinha aproveitou para fazer um balanço das ações desempenhadas nos dois anos de mandato, comemorando o anúncio, pelo Governo, da contratação das obras de duplicação, drenagem e ciclovia na avenida José Roberto Teixeira, no trecho de 800 metros, ligando as ruas Vitório José Pederiva com a avenida Indaiá, onde serão aplicados mais de R$ 3,6 milhões, cujo processo de licitação foi concluído na semana passada.

 
De acordo com o vice-governador eleito, Riedel deve encontrar uma situação relativamente tranquila, “com ações do Governo que repercutem em todo o Estado, obras em todos os quadrantes, as finanças equilibradas, fruto da eficiente gestão do governador Reinaldo Azambuja. Particularmente, disse ele, “mesmo durante a campanha de Governo, procurei concentrar minha atuação em favor da nossa região, especialmente para a Grande Dourados, Vale do Ivinhema, Conesul e Sul Fronteira, e no mandato fiz questão de manter o trabalho por Dourados”.

Barbosinha citou as obras de recuperação do quadrilátero central, a revitalização da Hayel Bon Faker, a sede do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), o Hospital Regional que está sendo construído na saída para Ponta Porã, juntamente com o Centro de Imagens e Diagnósticos, a duplicação da Rua Coronel Ponciano, em fase de licitação, além das emendas viabilizadas para escolas, creches, entidades como a Guarda Mirim de Dourados, “que deixou ser uma ‘cracolândia’ para se tornar referência na formação de jovens cidadãos do futuro”.

Parcerias de Governo

Na condição de vice-governador, Barbosinha disse que poderá desempenhar um papel ainda mais presente, na interlocução com os secretários do Governo, os Conselhos, ajudando a construir uma agenda política a partir do relacionamento com a Assembleia Legislativa, os prefeitos e vereadores do Estado. “É obvio que o protagonismo é do Eduardo Riedel, mas vou cumprir o papel auxiliar, em sintonia com o governador, acompanhando principalmente a proposta inovadora já anunciada por ele, de estabelecer Contratos de Gestão – com tarefas, metas e responsabilidades - também com os municípios. O Governo vai ajudar, mas, vai cobrar respostas, participação, contrapartidas, em uma ação integrada de trabalho”.

Barbosinha também destacou ações estruturantes que precisam ser pensadas em conjunto, pelo Estado e o Município, no caso de Dourados, como a conclusão do Aeroporto, a definição do traçado da Ferroeste e a adesão com a Rota Bioceânica, “que vai levar a nossa produção aos maiores mercados do mundo”. Ele também disse que é preciso despertar a vocação para o Turismo de Negócios, de Eventos, além do contemplativo, criando espaços para atrair pessoas de outras regiões a Dourados e aos atrativos oferecidos rumo ao Pantanal, por exemplo. Fomentar a Economia e a Cultura indígena, despertar o nosso potencial, criando espaços para as pessoas serem atraídas a Dourados, incluindo aí nesse debate a questão da Feira Livre Central, que precisamos tornar um verdadeiro cartão de visitas, ponto de encontro das famílias. Vou conversar com o prefeito Alan, a Prefeitura precisa concluir projeto de utilização do barracão, que está pronto, porém permanece inacabado, para alojar os setores de hortifrútis, de armarinhos e a praça de alimentação”.

Transição e política

O futuro vice-governador disse que já conversou com Riedel sobre a criação de um programa de pavimentação aos distritos, assim como acontece atualmente na região da Picadinha, um dos mais antigos distritos de Dourados e que não tinha nenhuma rua de asfalto. “Ele já fez compromisso com o Grande Água Boa, o BNH 4 Plano, Campo Dourado, região do Douradão (onde fica o Parque dos Jequitibás), enfim, é compromisso nosso de trabalhar por 100% de asfalto no Estado”, garantiu Barbosinha.

Durante o bate-papo de mais de uma hora com os jornalistas Osvaldinho Duarte e Cícero Faria, o deputado Barbosinha também falou sobre política. Disse que o foco do novo Governo é concentrar na continuidade do desenvolvimento. “O Riedel é diferenciado, um técnico, preparado, com visão extraordinária de gestão, todos esses temas em debate estão incorporados no sentimento dele como futuro governador, passando pela interligação da produção [pelo porto seco, os portos de Murtinho e a ligação da Noroeste com a Ferroeste na questão do modal ferroviário e a geração e qualificação de mão-de-obra para suprir as mais de 20 mil vagas existentes no mercado de trabalho do Estado”.

O novo vice-governador indicado pela região para ajudar Eduardo Riedel na condução do Estado disse que a população quer trabalhar, ela “não quer continuar vivendo de vale social, busca um salto de qualificação, esse é o nosso desafio”. Citando a senadora eleita Tereza Cristina, ilustrou que ela começou como secretária de Desenvolvimento e Produção do Estado, foi deputada federal duas vezes, ministra, “trabalhou a boa terra, plantou boa semente e colhe bons frutos” como a mais votada, proporcionalmente, no País. “E a nossa região também precisa colocar esse assunto no radar das próximas eleições, da última vez que tivemos um senador foi com o Rachid [Saldanha Derzi, por Ponta Porã], em 1986, precisamos trabalhar para resgatar essa representação”.

 

Assessoria



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