PF investiga tráfico de indígenas para trabalharem em lavouras de maconha no PY


Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, sendo três no município de Paranhos, dois em Aral Moreira, e os demais em Tacuru, Amambai e Antônio João; Foto: Divulgação/PF

Deflagrada nesta terça-feira (29), pela Polícia Federal, a operação Ceuci Mirim, que investiga uma organização criminosa atuante na fronteira do Brasil com o Paraguai e que recruta indígenas para trabalharem nas lavouras de maconha do Paraguai.

Conforme a polícia, a quadrilha se dedica ao tráfico internacional destes povos nas aldeias situadas nos municípios Paranhos, Coronel Sapucaia, Aral Moreira, Amambai, Antônio João, dentre outras.

Os recrutados trabalham principalmente no Departamento de Amambay, em condições análogas à escravidão.

As investigações

De acordo com a PF, as investigações foram realizadas por uma Equipe Conjunta de Investigação Brasil – Paraguai, formada pela Polícia Federal, Ministério Público Federal, Fiscalia e Polícia Nacional do Paraguai.

Considerando o contexto espacial em que os crimes se consumam, sendo, em sua maioria, já em território estrangeiro (Paraguai), o que representa empecilho de ordem territorial para o avanço das investigações em território nacional, o cumprimento das medidas de busca e apreensão tem por finalidade angariar provas da prática do crime de tráfico de pessoas.

As vítimas, os proprietários das lavouras e os aliciadores foram identificados mediante apreensões de dispositivos eletrônicos, documentos e outros elementos de prova.

Hoje foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, sendo três no município de Paranhos, dois em Aral Moreira, e os demais em Tacuru, Amambai e Antônio João.

A ação contou com a colaboração da Funai (Fundação Nacional do Índio) de Ponta Porã e região.

 

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