DROGA
Traficantes e contrabandistas se unem para compartilhar rotas na fronteira
O DOF (Departamento de Operações de Fronteira) apreendeu na manhã de ontem (15) 1.082 quilos de maconha em um Citröen C4 que seguia em comboio com nove carros carregados com cigarros contrabandeados do Paraguai, pneus, acessórios e roupas.
Outro veículo com três pessoas foi apreendido fazendo a função de batedor. Ao todo 11 pessoas foram presas e duas conseguiram fugir. A apreensão demonstra que traficantes e contrabandistas estão compartilhando rotas e enviando seus carregamentos em comboios.
Os policiais faziam patrulhamento próximo ao distrito de Vista Alegre, no município de Maracaju, quando deram ordem de parada ao comboio que não obedeceu e dispersou.
Um das equipes do DOF conseguiu abordar dois veículos com pneus e cigarro. O condutor do terceiro carro carregado com 1.500 pacotes de cigarro abandonou o veículo e fugiu.
Em apoio, uma segunda equipe do DOF conseguiu interceptar o comboio próximo a Maracaju. Durante o bloqueio foram apreendidos sete veículos. O condutor do C4 carregado com maconha não obedeceu à ordem de parada e durante perseguição na rodovia saiu da pista e entrou em meio a uma plantação de milho, onde o carro foi abandonado. Ele fugiu a pé.
Nos outros veículos foram encontrados diversos fardos de roupas e óculos, pneus e cigarros contrabandeados do Paraguai. Três pessoas que seguiam em um VW Gol e faziam a função de batedores foram presas. Uma mulher afirmou aos policiais que o namorado dela seguia no veículo carregado com droga.
O diretor do DOF, coronel Wagner Ferreira da Silva, afirmou que esta ação demonstra mais uma vez o vínculo entre as redes criminosas, tanto do contrabando e descaminho, quanto do tráfico de drogas.
“É uma complexa rede que compartilha sua cadeia logística e execução e isso deixa rastro de sangue por onde passa, levando até os grandes centros a violência e insegurança, fazendo com que os criminosos compartilhem a lucratividade da inserção de ilícitos no Brasil”, afirmou.
Os materiais apreendidos, avaliados em RS 2,7 milhões, foram entregues à Defron (Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Fronteira), à Polícia Federal em Dourados e à Receita Federal em Ponta Porã.
assessoria.