Policiais penais encontram pistola e 50 munições enterradas na penitenciária de Dourados

Armamento estava a um metro e meio de profundidade, sob o piso da cela; nenhum preso assumiu ser dono da pistola

HELIO DE FREITAS CAMPO GRANDE NEWS


Pistola desmontada e munições encontradas enterradas em presídio (Foto: Divulgação)

Uma pistola calibre 380 e 50 munições foram encontradas enterradas na PED (Penitenciária Estadual de Dourados) na tarde desta segunda-feira (16). O armamento estava a um metro e meio de profundidade, sob o piso de uma das celas na chamada “cadeia linear”. Nenhum preso assumiu ser o dono da arma.

Maior presídio de Mato Grosso do Sul tanto em número de presos quanto em extensão, a Penitenciária Estadual de Dourados tem pelo menos 2.500 internos.

De acordo com a Polícia Penal, a arma foi localizada durante intervenção estratégica da Gisp (Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário) e do Cope (Comando de Operações). A operação também resultou na apreensão de armas artesanais.

Conforme a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), o sucesso da apreensão é reflexo da estratégia de intensificar as vistorias para garantir ordem e disciplina dentro das unidades prisionais.

Ações de inteligência e monitoramento são constantes, para prevenir eventuais alterações na rotina carcerária e impedir a entrada de materiais proibidos.

De acordo com a agência, a Polícia Penal segue investigando as circunstâncias que possibilitaram a entrada da arma na penitenciária, bem como para identificar o dono da pistola e das munições.

Atualmente, a PED está sob intervenção da Agepen. Na semana passada, o diretor do Instituto Penal de Campo Grande, Leoney Martins Duarte Barbosa, foi nomeado como interventor do presídio, em substituição a Rangel Schveiger, afastado por determinação judicial.

Rangel é investigado no âmbito da Operação Sátrapa, deflagrada pela Ficco/MS (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Mato Grosso do Sul). A ação apura supostos homicídios ocorridos dentro de presídios. Pelo menos um teria ocorrido na penitenciária de Dourados. A Ficco/MS, da qual a Agepen também faz parte, não revelou detalhes da investigação contra o diretor afastado.



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